Brasil – O placar para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível ficou em 3 a 1 durante a sessão desta quinta-feira (29), no Supremo Tribunal Eleitoral (STF), que suspendeu a votação e deve retomá-la nesta sexta-feira (30). Votaram com o relator da ação, o ministro Benedito Gonçalves, os ministros André Ramos Tavares e Floriano Azevedo. Já o ministro Raul Araújo foi contrário à ação.
André Ramos defendeu seu voto afirmando que o ex-presidente utilizou “mentiras grosseiras e distorções severas” durante a transmissão.
“Com a roupagem de debate público, o investigado [Jair Bolsonaro], na realidade, proferiu sérias acusações sem estar amparado minimamente por um acervo comprobatório que sustentasse tais conjecturas, incorporando a seu discurso invenções, mentiras grosseiras, fatos forjados, distorções severas. Não é pouco, mais do que mentiras, forma-se um pool de perturbações severas à democracia e às instituições com intuito eleitoral”, disse na votação.
A ação que pede pede pela inelegibilidade de Bolsonaro foi impetrada pelo PDT que alega abuso do poder político do ex-presidente durante reunião com embaixadores no ano passado. Durante o evento, o então presidente deixou dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro e utilizou a TV pública e as redes sociais para transmitir a reunião.
Os quatro ministros que votaram até agora defenderam a absolvição do então candidato a vice, Walter Braga Netto.
Restam os votos dos ministros Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, que serão lidos na sexta-feira (30). A maioria para fixar qualquer entendimento é atingida com quatro votos.
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