Manaus – Manter o império financeiro? Raiva após descobrir a traição do amante? O que levou Jordana Azevedo Freire a compactuar com o marido, o empresário e dono da rede de supermercados Vitória, Joabson Agostinho Gomes, no assassinato do sargento do Exército Brasileiro (EB), Lucas Ramon Silva Guimarães, que tinha 29 anos.
Lucas Ramon teria encantado a empresária durante os negócios, em dezembro de 2020. Os dois viveram um romance escondido em meio a ganância, a ponto de Jordana desviar dinheiro da empresa da família para repassar ao amante.
Conforme a polícia, Jordana tinha um casamento conturbado, sofria agressões de Joabson, mas nunca havia denunciado o marido. Ela encontrou em Lucas um refugio e errou em depositar muita confiança nele.
Após meses de um romance proibido, Joabson descobre a traição através do celular de jordana e como começa a perseguição de Lucas. O militar recebe ameaças e teve contratar seguranças.
Uma hipótese divulgada é que para ter respaldo na trama do crime, Joabson teria contratado um detetive que descobriu informações muito além do o empresário esperava. E os fatos descobertos levaram Jordana a ser cumplice do assassinato.
Os desdobramentos, ainda não confirmados pelas autoridades, apontam que o detetive descobriu que Lucas mantinha um segundo relacionamento extraconjugal. O militar que era casado com a herdeira do Hospital Santa Júlia, com quem aguardava o segundo segundo filho. Ele se envolveu com a empresária Jordana e, supostamente, tinha um outro caso com uma enfermeira, ainda desconhecida.
Conforme as informações que estão sendo divulgadas em um áudio no WhatsApp, Jordana descobriu a traição do amante e abriu o jogo para o marido, sobre o dinheiro desviado.
A polícia informou que no dia 19 de julho deste ano, um funcionário da rede de supermercados foi ao encontro de Lucas, em um batalhão que ele trabalhava, para buscar R$ 200 mil, sendo que faltaria outras pendências a serem devolvidas e que nunca foram. Foi quando surgiu o ultimato para o crime.
O casal de empresários encomendou a morte de Lucas. Eles contrataram um pistoleiro profissional, possivelmente vindo do Nordeste, que cometeu o homicídio de forma fria e rápida.
A reportagem procurou a Polícia Civil para tentar confirmar essas informações, mas a assessoria do órgão informou que a a delegada Marna de Miranda, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), não poderá conceder a entrevista solicitada, pois encontra-se em diligências.
Advogado acredita em inocência
Na manhã de terça-feira (21), as equipes da DEHS realizaram uma operação para cumprir o mandado de prisão temporária do casal, porém, não obtiveram êxito. Sendo assim, foi representado à Justiça pela prisão preventiva deles. Pela tarde, Joabson e Jordana se apresentaram na unidade policial junto com advogados.
Raphael Grosso, que é advogado de defesa do casal, disse que os autos do processo estão sob segredo de Justiça e que não poderia dar detalhes sobre o caso.
“Não podemos nem estar comentando. Não temos muitas informações. Acreditamos na inocência dos nossos clientes. Acreditamos que houve um mal entendido que será esclarecido em momento oportuno”, disse.
O casal dormiu na carceragem da DEHS, na manhã desta quarta-feira (22) foi levado para exames de corpo de delito e depois devem ser encaminhados para audiência de custódia.
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