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Presidente da França diz que ‘depender da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia’

Macron diz que países europeus devem produzir e consumir sua própria soja para evitar a compra do insumo do Brasil, que, na visão de Macron, é feito a partir 'da floresta destruída'
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O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (12) que “continuar dependendo da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia”.

Em mensagem nas redes sociais, o presidente francês disse: “Somos coerentes com nossas ambições ecológicas. Lutamos para produzir soja na Europa”.

“Quando importamos a soja produzida a um ritmo rápido a partir da floresta destruída no Brasil, nós não somos coerentes”, afirmou. “Nós precisamos da soja brasileira para viver? Então nós vamos produzir soja europeia ou equivalente”, completou.

Na fala, o presidente francês não apresentou dados que corroborem com suas declarações. O G1 entrou em contato com os ministérios de Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Agricultura. O Ministério da Agricultura informou que não irá se manifestar –os outros dois ministérios ainda não se pronunciaram.

França sobe o tom contra desmatamento

Macron tem dado declarações públicas de descontentamento com a política ambiental brasileira desde meados de 2019, quando as imagens das queimadas na Amazônia correram o mundo e aumentaram a pressão sobre o governo do Brasil em um momento em que a União Europeia negocia um acordo comercial com o Mercosul.

No auge da crise ambiental na região amazônica, Macron se desentendeu com o presidente Jair Bolsonaro, e os dois trocaram acusações públicas. O francês chamou as queimadas que ocorriam no país de “crise global” e disse que os países integrantes do G7 deveriam debater, com urgência, a questão. Em resposta, o brasileiro afirmou que o posicionamento de Macron evocava “mentalidade colonialista descabida no século 21”.

Em mais um capítulo da pressão sobre as importações brasileiras, o governo francês decidiu no fim de 2020 se comprometer com produtores agrícolas do país a aumentar em 40% as áreas destinadas ao cultivo de plantas ricas em proteínas, inclusive leguminosas semelhantes à soja.

Com informações do G1

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