Manaus (AM) – A prorrogação do decreto que reduz em 25% a Alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) pode paralisar as atividades do Polo Industrial de Manaus (PIM). Nesta quarta-feira (6), vários sindicatos de trabalhadores protestarão em razão dos efeitos que já ocorrem, por conta da medida, como perda de empregos.
“A expectativa é que todos os sindicatos como: construção civil, montagem, metalúrgicos, plásticos, o pessoal da alimentação, do transporte, se reúnam para por pressão para que o Governo Federal assine o decreto que retira o imposto da Zona Franca de Manaus”, destacou o sindicalista e vereador Sassá da Construção (PT) à reportagem.
“Nós estamos nos organizando e amanhã (quarta-feira), a reunião vai ser para isso, porque já tem algumas empresas do Distrito Industrial demitindo trabalhadores e a nossa preocupação é essa”. A paralisação geral vem sendo articulada desde o mês passado, quando o sindicalista e vereador Sassá da Construção (PT) anunciou a ameaça na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
“O Governo Federal prometeu assinar o decreto para retirar o imposto da Zona Franca de Manaus e não cumpriu. Os trabalhadores estão preocupados, algumas empresas já estão demitindo e essa paralisação é para proteger os empregos dos trabalhadores do Distrito Industrial”.
Entenda a prorrogação e efeitos
Foi no final da noite do dia 31 de março, que o presidente da República Jair Bolsonaro prorrogou os efeitos do decreto que reduz em 25% a alíquota do IPI. O novo decreto foi publicado ainda naquela noite. Conforme o documento assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ficam prorrogados até o dia 1° de maio a redução linear do Imposto.
A prorrogação tem dois efeitos imediatos sobre o PIM: aumenta a insegurança jurídica do modelo Zona Franca de Manaus e gera mais um mês de negociação e articulações da bancada do Amazonas.
Texto: Karol Rocha
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