O primeiro caso de esporotricose animal foi confirmado em Manaus, no bairro da Glória, zona Oeste da Cidade. O fundo foi encontrados em gatos da localidade.
A confirmação foi feita pelo Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). No período entre 2010 e 2020, foram registrados surtos de esporotricose em animais no Brasil nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina.
A esporotricose é uma doença de origem infecciosa, transmitida por fungos e que pode afetar tanto animais quanto humanos. A ocorrência maior é em gatos. Sendo diagnosticada precocemente, tem tratamento e cura.
Nos gatos aparecem feridas profundas, geralmente no focinho e nos membros, que não cicatrizam, podendo progredir para o resto do corpo. Os sinais clínicos que podem ser observados incluem perda de peso, apatia e secreção nasal.
Já nos humanos acomete a pele e a parte profunda da pele, causando lesão única ou múltiplas, iniciando pelo local onde o fungo penetrou. Essas lesões iniciam com caroço, que pode se romper, formando uma ferida de difícil cicatrização.
O fungo da esporotricose pode ser transmitido ao gato e às pessoas pelo contato com materiais contaminados, como casca de árvores, palha, farpas, espinhos ou terra. O gato contaminado transmite a doença para outros gatos e para as pessoas, por meio de arranhões, mordidas ou contato direto com a pele lesionada. Após a inoculação na pele, há um período de incubação, que pode variar de poucos dias a 3 meses (média de 3 semanas), podendo chegar a 6 meses.
Orientações
Em caso de suspeita da doença são necessários cuidados especiais para evitar a contaminação e propagação do fungo, com o uso de luvas ao manipular gatos doentes ou em tratamento, e que eles sejam isolados em local seguro, que deve ser higienizado com água sanitária. Vale lembrar que mesmo durante todo o tratamento, o animal poderá transmitir a doença ao proprietário.
No caso de óbito de animais doentes, é importante não jogá-los no lixo, rios ou enterrá-los, pois o fungo sobrevive na natureza. Os animais mortos devem ser cremados. Para isso, o proprietário deve entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses que providenciará a remoção da carcaça.
Outros cuidados que devem ser observados incluem, ainda, encaminhar o animal doméstico imediatamente a um médico veterinário, não realizar curativos locais e não banhar gatos com esporotricose.
Com informações da Assessoria
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