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Privatizar os Correios é uma solução? Pauta que vai à Câmara divide opiniões

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que espera votar a PL que trata da privatização dos Correios, até o dia 17 de julho.
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Correios é condenado a pagar indenização a carteiro que foi assaltado 18 vezes - Foto: Arquivo/Correios

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (24) que espera votar o PL (projeto de lei) 591 de 2021, que trata da privatização dos Correios, até 17 de julho, quando começará o recesso parlamentar. 

Ele disse que o relator, deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), deve finalizar seu parecer ainda nesta semana. O texto será levado à discussão com os outros partidos.

“Ele virá no Colégio de Líderes explicar o texto, receberá as críticas às mudanças. A partir daí, começará um périplo, um encaminhamento por todas as lideranças partidárias da Câmara. E, eu penso, até o final do último dia, antes do recesso de julho, será dia 17, nós temos a oportunidade de discutirmos e votarmos no plenário da Câmara, a privatização dos Correios”, disse.

O Portal Tucumã conversou com o economista Mourão Júnior e com o professor de economia da UEA, Armando Clovis, para apresentarem as suas opiniões sobre a PL de privatização dos Correios.

Mourão Júnior

Francisco Mourão Júnior, economista e conselheiro do Conselho Regional De Economia do Amazonas (Corecon-AM)

“Na questão da privatização dos Correios, eu sou a favor, por ser um órgão que já vem muito afetado tanto na questão dos investimentos quanto às greves que ocorreram na categoria que prejudicou muito esse órgão essencial.

Mourão também alertou que a privatização só trará benefícios, caso exista uma agência reguladora.

“Eu sou a favor sim, mas que tenha uma agência reguladora, pois existe a questão que o correio, fora dos grandes centros urbanos dos municípios, eles em determinados municípios, ele se torna o único agente do governo, servindo tanto nas suas atribuições como agente bancário”, finalizou.

Em contrapartida, o professor de Economia Armando Clovis se mostrou contra o projeto de lei

Professor de Economia da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) Armando Clovis

“Esse projeto de privatização dos Correios, ele faz parte de um projeto maior do governo federal, que é privatizar o patrimônio público do povo brasileiro. Então, o governo usa um discurso ideológico dizendo que os Correios são deficitários e isso faz parte de uma narrativa neo-liberal imposta pelo ministro Guedes. Em 2020, os Correios deram R$ 1,5 bi de superávit e R$ 2 bi em lucros, ou seja, é uma empresa importantíssima para o governo federal. É uma empresa de 358 anos que tem levado serviços importantes para a população”, explicou.

Armando também indagou, se a privatização dos Correios auxiliará as regiões mais pobres e mais remotas do país.

“Essa empresa que irá comprar os Correios, será que eles vão realizar serviços para áreas onde é difícil a logística? Pois a privatização dos Correios é no setor de logística, onde dá o lucro necessário para o governo. Por isso, sou contra à privatização, pois querem entregar de bandeja os patrimônios construídos pelos brasileiros para o setor privado”, finalizou o professor.

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