MUNDO – Em praia dos Estados Unidos, tartarugas ganharam sensores disfarçados de ovos no ninho para detectar atividades que indicam quando os filhotes sairão da areia para o mar. O projeto TurtleSense, reúne especialistas que trabalham na preservação de espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção.
Quando as fêmeas vão à praia para colocar seus ovos, eles ficam sob a areia por várias semanas até que milhares de filhotes corram em direção ao oceano, durante este processo, a vulnerabilidade das tartaruguinhas é muita alta, assim, os filhotes devem evitar detritos na areia, assim como diversos predadores. Além disso, muitos ainda morrem por desidratação, ainda nos ovos.
Pensando nisso, uma equipe de especialistas criou um mecanismo para ajudar neste processo, garantindo a sobrevivência de mais espécimes até sua primeira caminhada para o mar.
Para isso, um sensor que detecta quando as ninhadas devem começar a sair dos buracos feitos pelas mães foi desenvolvido. O aparelho adaptou o mesmo mecanismo que os filhotes usam para eclodir os ovos e partir para o mar quase ao mesmo tempo.
Só nos Estados Unidos, a Lei de Espécies Ameaçadas protege todas as seis espécies de tartarugas marinhas catalogadas por lá. Desta forma, as comunidades praianas são obrigadas a garantir que as tartarugas bebês sejam protegidas.
Até então, especialistas e a comunidade local precisavam “adivinhar” as datas de emergência com base na quantidade de tempo que se passou desde que o ninho foi colocado. Se o ninho estiver em uma área povoada, os voluntários o monitoram por 24 horas.
Agora, com os sensores de monitoramento, é mais fácil e barato monitorar a atividade dos ninhos.
A neurocientista Erin Clabough, estuda o movimento ou vibrações que os filhotes usam para coordenar as atividades nos ninhos, assim, podendo saber quando nascerão. Com a equipe, ela colocou o sensor disfarçado de ovo de tartaruga no ninho e assim puderam detectar quando os filhotes de tartaruga emergiriam da areia.
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