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PT encolhe e elege menos prefeitos para 2021

O resultado levou lideranças do PT a culparem a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, e pedirem a antecipação da troca da direção nacional do partido, prevista para 2023
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O PT elegeu este ano um número ainda menor de prefeitos do que em 2016, quando foi varrido pelas denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em reunião do diretório nacional na tarde desta segunda-feira, 16, a direção apresentou o número de 189 prefeituras segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas os cálculos do partido não chegam a 170 eleitos. Em 2016, no auge da crise, foram 256. Em 2012, 630.


O resultado levou lideranças do PT a culparem a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, e pedirem a antecipação da troca da direção nacional do partido, prevista para 2023. “A direção sai muito desgastada. O PT andou de lado, na melhor das hipóteses. É recuperável, mas para isso é necessário um balanço e antecipar para o ano que vem o congresso que vai escolher a direção. Gleisi tem uma autocrítica a fazer”, disse o deputado estadual José Américo Dias, coordenador de comunicação da campanha de Jilmar Tatto e integrante da corrente Novo Rumo.


O resultado eleitoral é um balde de água fria no partido e contraria avaliações praticamente unânimes no PT de que o pior da onda antipetista tinha passado e, em 2020, a legenda conseguiria recuperar parte do terreno perdido em 2016.


Gleisi e aliados falam em reposicionamento do PT


Diante da derrota, Gleisi e seus aliados se apegam no número total de votos e apregoam a tese de um reposicionamento do partido. Segundo cálculos da direção, o PT teve 7 milhões de votos em todo o Brasil, 200 mil a mais do que em 2016 mesmo com uma abstenção 33% superior à do último pleito municipal. Além disso, vai para o segundo turno em 15 cidades ante sete em 2016. As maiores perdas foram em pequenos municípios com menos de 20 mil eleitores principalmente em Minas Gerais, Bahia e Piauí.

Com isso, Gleisi e aliados dizem que a tarefa determinada pela estratégia de concentrar esforços no chamado G-96, as cidades com segundo turno, foi cumprida.

Participam da reunião Gleisi, Lula, Tatto e o ex-prefeito Fernando Haddad, entre outros dirigentes. O apoio a Guilherme Boulos no segundo turno em São Paulo foi acertado, mas ainda deve ser oficializado à noite pelo diretório municipal de São Paulo.


Tatto será responsável por coordenar o papel do PT na campanha de Boulos. Reuniões foram marcadas para o decorrer da semana nas quais será definido como o PT pode ajudar. A direção nacional também minimiza a derrota em São Paulo, cidade onde o partido venceu ou chegou em segundo lugar em todas as eleições desde 1988, argumentando que o importante é que a esquerda chegou ao segundo turno.

Com informações do Terra

Foto: Divulgação

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