Ainda há chances para desfazer o rombo que a “turbinada” no Fundo Eleitoral, de 2 bilhões para 5,7 bilhões, aprovada pelo Congresso Nacional fará no orçamento de 2022. Cabe ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que está hospitalizado tratando uma obstrução intestinal, vetar o texto – que retornaria então ao Parlamento, para a palavra final.
Além do evidente sinal de que deputados e senadores não levaram em conta a situação do país ao injetar mais recursos para os partidos no ano que vem, o aumento no valor do fundão afeta a capacidade do governo de investir em políticas públicas.
Ocorre que o fundo eleitoral conta para o teto de gastos. Isso significa que os parlamentares retiraram R$ 5,7 bilhões do que o governo terá à disposição para gastar em 2022 em saúde, educação e infraestrutura, por exemplo.
Em Santa Catarina, apenas cinco dos 19 parlamentares que representam o Estado no Congresso Nacional votaram contra a proposta – quatro deputados e um senador (veja lista completa abaixo).
Explicativa dos aliados ao Governo terem votado a favor
Nesta sexta-feira (16) vários parlamentares no país, que votaram a favor do aumento, disseram que são contra o reajuste e só votaram “sim” porque ele estava embutido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Os deputados Daniel Freitas (PSL) e Caroline de Toni (PSL) estão entre eles. Ambos divulgaram manifestação de voto a favor do destaque apresentado pelo partido Novo que pretendia separar o fundo eleitoral da LDO. Essa votação foi simbólica, o que torna os votos “secretos”.
A tentativa do Novo não surtiu efeito, e a proposta seguiu para o Senado com o fundão turbinado – que, mais uma vez, foi aprovado pela maioria.
Entre os partidos, orientaram voto contrário à proposta PT, PSB, PDT, Podemos, PSOL, Novo, PV e Rede. Orientaram voto a favor PSL, PP, PL. PSD, DEM, MDB, PSDB, Solidariedade, PROS, PSC, PTB e Cidadania.
Com informações via NSC Total
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