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Tia de Manuela Otto diz que PM preso já ameaçou outras mulheres trans em Manaus: ‘matar uma por uma’

Em entrevista exclusiva ao Portal Tucumã, a tia da vítima revela que o PM tem histórico de agredir mulheres trans e não é a primeira vez que apresenta esse comportamento contra a categoria
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Manaus – Amigos e familiares de Manuela Otto, se reuniram na manhã desta sexta-feira (19), para pedir Justiça pela morte da mulher trans, em frente à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), localizada na avenida Autaz Mirim, bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus.

Em entrevista exclusiva ao Portal Tucumã, a tia da vítima, Luciene Santos, revela que o PM, suspeito de matar Manuela Otto, tem histórico de agredir mulheres trans e que não é a primeira vez que ele apresenta esse tipo de comportamento contra a categoria.

”Ele tem costume de agredir mulheres trans no Nova Cidade. Ele usa da violência para agredir com tapas, chutes e palavrões e sempre amedrontava elas dizendo que iria matar de uma por uma. Ele como policia, tinha o dever de proteger a sociedade e não fazer o que fez com a Manu”, revela Luciene.

A família de Manuela junto aos Representantes da classe LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e outros) , vão as ruas em busca de Justiça e pedem que o suspeito não saia impune.

”Queremos que ele pague pelo crime que cometeu, pois hoje foi a minha sobrinha, amanhã pode ser outra”, completou a tia.

O Policial Militar, Jeremias da Costa Silva, possui pelo menos cinco processos registrados no TJAM por lesão corporal e não respondeu por nenhum.

Justiça por Manu

Familiares e representantes da classe LGBTQIA+, realizam na manhã desta sexta-feira (19), um protesto pedindo justiça pela morte da mulher trans Manuella Otto, assassinada no quarto de um motel no bairro Monte das Oliveiras, zona Norte da capital.

A presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT do Amazonas, Bruna La Close, afirmou que o crime não pode ficar impune e cobrou resposta da equipe que investiga o caso.

“É inaceitável que os crimes contra a comunidade LGBTQ+ continue sejam tratados como corpos sem história, sem dignidade. Exigimos justiça, prisão e condenação do assassino. Precisamos de respostas”, disse.

Faixas, cartazes e banners pedindo justiça pela morte de Manuella Otto estão espalhados em frente à delegacia. Além disso, os participantes do protesto seguiram todas as regras de prevenção da Covid-19, como uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social.

Acompanhe na íntegra a transmissão ao vivo da manifestação:

Familiares e amigos da mulher trans, Manuella Otto, pedem justiça

Relembre o caso

Manuela Otto foi encontrada morta deitada no quarto do motel da madrugada do último sábado (13). Segundo o Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC), ela recebeu dois tiros, sendo um no braço esquerdo e outro nas costas, o último atravessando o tórax.

A vítima teria chegado no motel acompanhada do cabo Jeremias da Costa Silva, de 27 anos, lotado na 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), principal suspeito de assassinar a mulher trans no estabelecimento.

Jeremias estava conduzindo um modelo Prisma, de cor branca e placas PHJ-1418. Durante a estadia no motel, os funcionários ouviram um disparo de arma de fogo.

Logo em seguida, o portão da pousada foi fechado para impedir a saída do homem que estava na companhia da vítima. O suspeito fez ameaças e arrombou a portão com o carro.

Foto: Reprodução

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