Pesquisar
Close this search box.
[views count="1" print="0"]

Uma mulher é estuprada a cada 100 minutos no Brasil; AM já foi palco de vários estupros

Os dados são do Minstério da Saúde. Em Manaus, diariamente pelo menos uma mulher é vítima de estupro.
Especial Publicitário
Uma mulher é estuprada a cada 100 minutos no Brasil - Foto: Reprodução

A cada 100 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde e se referem ao ano de 2019, ou seja, 5.372 mulheres foram vítimas de estupro coletivo. Essa informação foi coletada de vítimas que buscaram um hospital para atendimento.

Aqui em Manaus os números também são alarmantes, somente nos quatro primeiros meses de 2021, 144 mulheres adultas foram vítimas desse crime, ou seja, uma por dia. Em 2019 foram 214 casos registrados.

Casos que chamaram a atenção em Manaus

No mesmo ano de 2919, um caso de estupro tomou conta das páginas policiais de Manaus. A adolescente Heloísa Medeiros da Silva, de 17 anos, foi encontrada morta em uma casa no Centro de Manaus. Ela havia saído para uma festa no bairro Vieiralves e foi encontrada com sinais de estrangulamento e seminua alguns dias depois.

Outro caso que chamou a atenção foi de uma adolescente de 15 anos que sofreu um estupro coletivo em fevereiro também de 2019. A menina foi atraída a uma casa por um vizinho e ao chegar lá, foi violentada por ele e mais três rapazes. Em depoimento a adolescente disse, na época, que foi estuprada por cerca de quatro horas. Todos envolvidos foram presos.

Entre 2018 e 2019, casos de estupro coletivo aumentaram 13%

Como indica o gráfico abaixo, o único período em que houve uma queda (3%) nos casos de estupro coletivo foi entre 2014 e 2015. Já entre 2018 e 2019, último ano com dados compilados pelo Ministério da Saúde, houve um aumento de 13% desse tipo de violência sexual.

São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados que registraram, respectivamente, o maior número de estupros coletivos em 2019.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2019 o Brasil somou ao menos um estupro a cada oito minutos. Foram 66.123 boletins de ocorrência registrados naquele ano de estupro e de estupro de vulnerável.

Números podem ser maiores

Os números podem ser maiores, já que muitas vítimas preferem esquecer tudo que passaram a procurar uma delegacia ou hospital. Além de buscar essas instituições, Andreza escolheu expor o que aconteceu em uma rede social para tentar encorajar outras mulheres a pedirem ajuda.

De acordo com a delegada Debora Mafra, da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), muitas mulheres ainda não entendem quando estão sendo violentadas, principalmente quando o agressor é o próprio companheiro.

“Muitos casos não são denunciados. Muitas vezes, quando esse crime acontece dentro de casa essa vítima não entende que sofreu estupro. Ela não entende que a partir do momento que ela diz ‘não’ e o companheiro insiste até conseguir o ato sexual, forçando-a a ceder, é estupro”, esclareceu a delegada.

“Maioria dos estupros é coletivo, pois homem sente mais poder em grupo”

Delegada há 13 anos e hoje na Subsecretaria de Políticas para as Mulheres do Estado do Rio, Cristiana Bento afirma que o caso do estupro coletivo dessa então adolescente, em 2016, foi um marco para que se desse mais atenção às vítimas de violência de gênero e fez com que se investisse mais em cursos de capacitação de policiais e também nos têm apoio psicológico e assistência social e jurídica à disposição.

No âmbito nacional, ela destaca, o caso ajudou a criar a lei de 2018, que aumenta a pena de estupro de 1/3 a 2/3 (a mínima é 6 anos e a máxima é 30) se o crime é praticado por duas ou mais pessoas ou se for corretivo, e ainda tipifica os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de estupro. “Foi uma conquista legislativa em razão desses fatos”.

Falta também melhorar o sistema das polícias para se coletar mais dados sobre o estupro coletivo. Tecnicamente falando, o termo “estupro coletivo” não é um crime específico, então não é registrado como um código como fazem com feminicídio

“Tem que mudar o sistema, porque a maioria dos estupros é coletivo, porque o homem sente que tem mais poder em grupo”, atenta Cristiana.

Como denunciar violência contra a mulher

Aqui em Manaus, existem três delegacias especializadas. A mulher que for vítima de estupro pode procurar qualquer uma delas, que será atendida por especialistas e sem nenhum tipo de constrangimento. Saiba onde elas estão localizadas:

Uma fica Avenida Mário Ypiranga, no conjunto Eldorado, bairro Parque Dez de Novembro, na zona Centro-Sul de Manaus; tem outra na rua Nossa Senhora da Conceição, bairro Cidade de Deus, zona Norte da capital; e outra, na avenida Desembargador Felismino Soares, no bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul.

Com informações de UOL

Leia também: Há um ano do assassinato da miss Kimberly Mota, assassino ainda aguarda data de júri

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário