Brasil – Uma denúncia sobre casos de exploração sexual infantil e tráfico humano na Ilha de Marajó, no Pará, virou assunto nas redes sociais. O assunto não é novidade, mas voltou aos holofotes depois que a cantora paraense Aymeê cantou uma canção inspirada no assunto em um reality show gospel chamado Dom Reality. Sua apresentação, realizada na última sexta-feira (16 de fevereiro), emocionou os jurados, com a letra de sua música abordando a realidade da região. Aymeê desabafou, emocionada, explicando que na ilha crianças de apenas 5 anos são exploradas sexualmente por turistas em troca de cinco reais.
“Marajó é uma ilha há alguns minutos de Belém, minha terra. E lá, as crianças, lá tem muito tráfico de órgãos, lá é normal. Lá tem pedofilia em nível “hard” e as crianças com 5 anos, quando ela veem um barco vindo de fora com turistas, Marajó é muito turística e as famílias lá são muito carentes, as criancinhas saem em uma canoa, 6,7 anos, e elas se prostituem dentro do barco por cinco reais”, desabafou emocionada.
Cantora denuncia prostituição infantil e tráfico humano em Marajó durante reality pic.twitter.com/lfUu08IVHq
— Tucumamidias4 (@Tucumamidias411) February 23, 2024
Essa não é a primeira vez que a questão da exploração na Ilha de Marajó é comentada. Em 2006, a ‘Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados’ abriu uma investigação para apurar as denúncias. Na época, foi revelado o envolvimento de políticos locais nos casos e aliciadores levando crianças para prostituição em Belém e na Guiana Francesa.
Recentemente, em 2022, a ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, denunciou a exploração na ilha durante um culto evangélico, alegando até mesmo a remoção de dentes de crianças para facilitar os abusos sexuais. Contudo, suas afirmações geraram polêmica e críticas, com autoridades paraenses exigindo provas, que não foram fornecidas. Diante disso, procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra a ministra e a União, além de uma indenização à população do Arquipélago de Marajó por disseminar informações falsas.
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A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (04) às 6h, operação policial que resultou na prisão do homem de 66 anos pelos crimes de estupro de vulnerável, favorecimento a prostituição e divulgação de pornografia infantil. A prisão aconteceu no bairro Jorge Teixeira, zona leste.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, a vítima, na época da ocorrência, tinha 10 anos, e era vizinha do suspeito.
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