Brasília (DF) – O advogado de Jair Bolsonaro, Celso Sanchez Vilardi, afirmou nesta terça-feira (25), que não há nenhuma prova de que o ex-presidente tenha relacionado uma tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, a acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) baseia-se num “crime impossível”.
A defesa também questionou a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, alegando que o depoimento foi feito sob pressão. Vilardi afirmou que a delação de Mauro Cid “não vale nada” e que “nem o delator que o acusou fez qualquer relação dele [Bolsonaro] com o 8 de Janeiro”, se referindo ao ataque e invasão violenta aos prédios dos Três Poderes.
Além disso, os advogados de Bolsonaro contestam a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o caso, argumentando que o tribunal não seria a instância adequada para conduzir o processo.
“Nem a Polícia Federal que se utilizou dessas possibilidades, afirmou a participação dele no 8 de janeiro. Não há um único elemento, nem da delação. Aí me criticam que eu digo que a delação não vale nada, óbvio, porque nem o delator que o acusou fez qualquer relação dele com o 8 de janeiro. Não há uma única evidência a esse respeito”, afirmou Vilardi.
Vilard pediu a rejeição da denúncia e que o processo seja distribuído a um novo relator. Veja vídeo:
Sobre o primeiro momento da denúncia, Vilardi argumentou que a acusação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, enquadrou o ex-presidente em “dois artigos gravíssimos do Código Penal que tratam de golpe contra instituições democráticas e contra o governo legitimamente eleito”.
“Mas um minutinho só: estamos tratando de uma execução que se iniciou em dezembro de 2021, tratando do crime do governo legitimamente eleito. Qual era o governo legitimamente eleito? O dele. Então esse crime é impossível, com todo o respeito. Falar-se em execução de crime contra o governo legitimamente eleito, que era o dele? O governo legitimamente eleito veio no final do ano de 2022, com as eleições. Então como se falar em início de execução?”, questionou o defensor do ex-presidente.
Crime de Bolsonaro
A defesa questionou os crimes pelos quais Bolsonaro é acusado, que segundo Vilardi, a denúncia não houve violência ou grave ameaça.
“E mais: como se falar em início de execução por pronunciamentos e lives quando os dois tipos penais têm elementares com a violência e a grave ameaça. Não existia violência nem grave ameaça. Então é impossível falar dessa execução. Como eu disse: é porque não existia nenhum elemento, então começa uma narrativa a respeito de pronunciamentos públicos, para terminar no 8 de janeiro”, complementou.
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