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Após estupro e divulgação de nome, menina de 10 anos terá nova identidade

A informação foi confirmada a Universa por pessoas com alto trânsito no governo estadual.
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Menina de 10 anos
Menina de 10 anos

A família da menina de 10 anos, estuprada por quatro anos e que passou por um aborto autorizado pela Justiça, decidiu que ela vai mudar de nome. Além de receber uma nova identidade, a criança mudará de endereço, não retornando mais para a cidade de São Mateus (ES), a 220 km de Vitória, onde morava e também onde ocorreram os abusos. Um tio da garota está preso suspeito de cometer o crime.

A informação foi confirmada a Universa por pessoas com alto trânsito no governo estadual. Além da nova identidade, ela também terá o aluguel pago do imóvel onde ficará. À família da criança, foram oferecidos dois programas que compõem o Sistema Estadual de Proteção a Pessoas Ameaçada: o Provita (Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência) e o PPCAAM (Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte).

A reportagem apurou que ela vai entrar no Provita. Ele busca proteger testemunhas e vítimas de crimes que estão sendo coagidas ou expostas à grave ameaça em razão de colaborarem com investigação ou processo criminal. O programa dura dois anos, sendo renovável por mais dois anos. O Provita também proporciona à pessoa protegida reinserção social em novo território, diverso do local do fato e da ameaça – neste caso, São Mateus.

A criança vive sob responsabilidade da avó. Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, a mãe da menina já morreu e tinha histórico de ser andarilha. O pai está preso. As identidades dos familiares não foram reveladas para preservar a menina de 10 anos.

O caso ganhou repercussão nacional e levou a uma alta exposição da criança, o que motivou a proposta de dar uma nova identidade à garota. Ela também terá uma nova moradia, com aluguel pago.

A menina teve seu nome divulgado, assim como o endereço do hospital em que faria o procedimento de aborto, na internet pela ativista de extrema direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Ontem, o MPE-ES (Ministério Público Estadual do Espírito Santo) ingressou com uma ação civil pública para que ela seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão por danos morais ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus (ES).

Com isso, a interrupção da gravidez motivou protestos de grupos extremistas e religiosos em frente ao Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros) no Recife, onde o aborto foi realizado. A garota teve de se deslocar até Pernambuco após o Hucam (Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes), em Vitória, declarar que não realizaria o aborto alegando que a menina não se encaixava nos critérios do Ministério da Saúde. Ainda no domingo, ela foi submetido ao procedimento de aborto no Cisam e teve alta médica na madrugada de ontem.

O estabelecimento manteve sigilo sobre o dia de alta da menina e montou um esquema de segurança para protegê-la. A medida teve como objetivo poupar a vítima de estupro de ser hostilizada nos protestos os quais integrantes chamaram o médico de assassino e tentaram entrar à força no hospital.

O retorno do Recife para Vitória foi feito em um avião fretado para que ela retornasse para o Espírito Santo, na noite de anteontem.

Suspeito de estupro está preso

O tio suspeito de estuprar a garota durante quatro anos e engravidá-la está preso desde a manhã de segunda-feira. A sua prisão foi realizada com o auxílio de um investigador chamado Cláudio, que negociou a entrega do suspeito. O tio estava em Betim (MG), deixou São Mateus (ES) de táxi clandestino dois dias antes de ser preso e tinha a escolta de pessoas próximas na cidade mineira.

O suspeito solicitou que Cláudio fosse o responsável por acompanhar a sua entrega e que o ato ocorresse em um local definido por ele. “O que sabemos é que o local era bastante ermo. Os policiais tiveram que mandar foto do carro que iriam estar, uma viatura descaracterizada, para que o tio não desconfiasse que seriam outras pessoas pra matar ele. Ele foi detido no meio da rua. Estava ciente do motivo da prisão, não resistiu em nenhum momento”, contou uma pessoa ligada à investigação que pediu para não ser identificada.

Foto: Divulgação

Com informações do UOL.

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