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Bolsonaro e Lula medem forças em primeiro turno de alta tensão no Brasil

Segundo a maioria das últimas pesquisas Lula tem vantagem sobre Bolsonaro
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(Foto: Reprodução/TV Globo)

Brasília (DF) – Os brasileiros votam neste domingo (2) para decidir entre manter Jair Bolsonaro (PL) no poder ou devolver a Presidência a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o favorito nas pesquisas de intenção de voto – dois arquirrivais com visões totalmente diferentes sobre o Brasil.

A última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada no sábado (1), atribui 36% das intenções de voto a Bolsonaro frente a 50% para Lula (presidente de 2003 a 2010), percentual mínimo para evitar o segundo turno em 30 de outubro.

Lula votou em São Bernardo do Campo, estado de São Paulo, região em que estabeleceu o nome como líder sindical nos anos 1970.

O ex-presidente disse que deseja vencer para que o Brasil volte à “normalidade”.

(Foto: Ricardo Stuckert/PT)

“Este país precisa recuperar o direito de ser feliz”. “Não queremos mais discórdias, queremos um país que viva em paz”, acrescentou, em referência à polarização dos brasileiros, que aumentou no governo Bolsonaro.

Pouco depois, Bolsonaro votou na Vila Militar, Rio de Janeiro.

“Tanta gente nas ruas nos apoiando, infelizmente não viram na imprensa. Faz parte da regra do jogo. O que vale é o Datapovo. Eleições limpas? Sem nenhum problema. Que vença o melhor”.

Se perder, Bolsonaro seria o primeiro presidente a não conquistar a reeleição.

  • Votação em hotéis –
    Os locais de votação permanecerão abertos até 17H00 e os resultados devem ser divulgados poucas horas depois.

“Como mulher negra, votei no candidato com propostas para acabar com a discriminação. O país regrediu estes anos em termos de preconceito, homofobia e até economia”, disse Lúcia Estela da Conceição, 70 anos, eleitora de Lula ao votar em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil.

Aldeyze dos Santos, uma dona de casa de 40 anos, disse em Brasília que apoia Bolsonaro “porque ele é a favor do que a Bíblia diz”.

No Rio de Janeiro, alguns eleitores votaram em hotéis.

“É a primeira vez que voto em hotel. Legal que os turistas vejam que temos uma democracia, ou que pelos menos estamos trabalhando para protegê-la”, disse Juliana Trevisan, uma comunicadora de 32 anos que votou no Marriott.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, destacou um clima de tranquilidade durante o dia.

  • Polos opostos –
    Bolsonaro, 67 anos, está no fim de um mandato de quatro anos, marcado por crises, especialmente a criticada gestão da pandemia de covid-19, que deixou 686.000 mortos, e o desafio constante às instituições democráticas.

Ele mantém o apoio sólido do eleitorado evangélico, do agronegócio e dos setores mais conservadores.

Lula volta ao cenário político após ter deixado o poder com um invejável índice de mais de 80% de popularidade, mas sem ter conseguido apagar a mácula da corrupção aos olhos de parte da população. Foi condenado e em seguida absolvido por motivos processuais no âmbito da operação “Lava Jato”, que investigou um esquema de propinas montado na Petrobras.

Este autodenominado “jovem de 76 anos”, libertado em novembro de 2019 após passar 19 meses na prisão, conta com o apoio das classes populares, das mulheres e dos jovens, ao mesmo tempo que tenta seduzir o mercado e setores moderados, ao escolher como vice o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).

Se vencer, promete combater a fome no Brasil, tirar o país de seu isolamento diplomático e pôr fim à sua imagem de “pária” ambiental, devido ao desmatamento maciço na Amazônia durante o governo de Bolsonaro.

  • Reconhecer o resultado –
    Se Lula vencer no primeiro turno, “Bolsonaro vai questionar” os resultados, prevê o analista Adriano Laureno, da consultoria Prospectiva.

Há meses, o presidente da extrema-direita contesta, sem apresentar provas, a confiabilidade das urnas eletrônicas, usadas no Brasil desde 1996.

Sua atitude levou muitos observadores e não descartar atos de violência por parte de seus seguidores, como ocorreu na invasão do Capitólio, sede do Legislativo americano, em janeiro de 2021, após a derrota de Donald Trump.

Mas segundo Laureno, Bolsonaro não tem o apoio interno necessário para ter êxito em um desafio à justiça eleitoral.

“A gente não tem uma mídia favorável a qualquer questionamento. A gente não tem uma elite econômica favorável a qualquer quebra institucional”, afirma.

Além disso, espera-se um reconhecimento “muito rápido” e “generalizado” dos resultados por parte da comunidade internacional, acrescenta.

Bolsonaro recebeu apoio no sábado do republicano Trump, que pediu votos em um vídeo para “um dos melhores presidentes do mundo”.

Cerca de 156 milhões de eleitores são convocados a votar neste domingo, dia em que os brasileiros também definirão os representantes da Câmara dos Deputados, um terço do Senado, governadores e membros das Assembleias Legislativas dos 26 estados e do Distrito Federal.

app/msi/lbc/mvv/fp

© Agence France-Presse

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