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CASO RICHTHOFEN: Veja vídeos inéditos do crime que chocou o país; confira

Nos vídeos inéditos aparecem filmagens da perícia criminal, mostrando a cena do crime brutal
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(Foto: Reprodução/Vídeo/Divulgação)

Brasil – No ano de 2002, o país comemorava a vitória da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, a seleção se consagrou pentacampeã mundial, no ano em que todos comemoravam o título mundial. Foi a época, em que um crime chocou um país. Suzane Von Richthofen mandou matar os pais em São Paulo.

Na madrugada do dia 31 de outubro, o policial Alexandre Paulinho Boto, chegava para atender uma ocorrência em uma casa, localizada na rua Zacarias de Góes, no bairro do Brooklin, na zona Sul de São Paulo. O policial se dirigiu aos dois irmãos Suzane e Andreas Von Richthofen. No local, o PM questionou o motivo da ocorrência, a própria Suzane relatou que eles as vítimas haviam chegado a casa e se depararam com a porta da casa aberta e a biblioteca completamente bagunçada. Os irmãos teriam saído de casa e resolveram chamar a polícia, de acordo com o depoimento dos irmãos.

O policial fez uma varredura na casa e percebeu que alguns locais da casa estavam revirados, e outros intactos. Ao passar pela suíte do casal, se deparou com o corpo de Manfred Albert Von Richthofen, um engenheiro, pai de Suzane e Andreas. O rosto do homem estava com uma toalha. O PM acreditou que podia se trata de um suicídio, pois havia uma arma próxima à mão da vítima.

Veja vídeo da cena do crime que chocou o Brasil:

Após isso, o policial acendeu a luz e enxergou um segundo corpo no local e era o de Marísia Von Richhofen, uma psiquiatra respeitada na capital paulista, além der ser mãe dos irmãos Suzane e Andreas. O rosto estava enrolado em um lençol e com a cabeça ensacada.

O policial Boto voltou para rua, ainda sem saber como dar a notícia aos Richthofen. Então, ele resolve mentir para os irmãos. Ao ser questionado por Suzane sobre os pais, o policial disse que estava “tudo bem”. Após isso, ele se dirige a viatura e pede reforços para as viaturas e aos demais policiais. A essa altura, o policial levantava a seguinte história sobre o caso. Manfred teria matado a esposa e depois se suicidado.

“Parecia uma cena de homicídio e suicídio. Mas daí localizamos umas joias esparramadas e bagunça no interior da casa”, disse o policial.

Suzane questiona o PM mais uma vez se estaria tudo certo, então, o policial Alexandre começou a desconfiar do caso. “Achei estranho ela me fazer aquela pergunta, porque, em momento nenhum, na nossa chegada, ela havia citado a presença de mais alguém na casa”, afirmou Alexandre Boto.

Neste momento, chegou, Daniel Cravinhos, namorado de Suzane, que ao ser questionado por Boto, diz ser da família. Boto resolve chamá-lo no canto para dar a notícia a Daniel para que conte aos filhos. Ao ouvir a notícia, Daniel chega até Suzane e Andreas, conta que os pais estão mortos. Os três se abraçam e começam a chorar.

Em seguida, por volta de 06h da manhã, o casal Suzane e Daniel já estavam prestando seu depoimento à delegada Cíntia Tucunduva Gomes. Após o depoimento do casal, ao sair da delegacia, Suzane levantou uma suspeita. No Boletim de Ocorrência (BO), ela sabia exatamente a quantia exata que havia sido roubada da mala de Manfred.

Após mais investigações, as suspeitas se fecharam em Suzane e Daniel, mas a polícia precisava de mais algumas provas para enquadrar os suspeitos. A compra de uma moto Suzuki de alta cilindrada, com um pagamento em dólar, apontou para as investigações para Christian Cravinhos, irmão de Daniel.

Na mesma noite da compra da motocicleta, Cristian foi chamado para depor na delegacia. Junto com ele são intimados a um novo interrogatório Suzane e Daniel. Por decisão da delegada, os suspeitos são interrogados simultaneamente.

Cristian tentou disfarçar, alega que os dólares são economias, frutos do trabalho dele. Mas, ao ser pressionado, ele confessa a participação no crime. Naquela noite, a delegacia fazia uma força-tarefa para interrogar os envolvidos, quando todos os trabalhos são interrompidos pela confissão de Cristian.

No mesmo momento, em outra área da delegacia estão Suzane e Daniel. Eles seguem negando o fato e a participação no crime. Até que são surpreendidos pela notícia de que Cristian havia confessado. Sem ter para onde escapar, Suzane e Daniel, confessam a participação nas mortes dos Richthofen.

A confissão

Uma reportagem de 2002, escrita pelos jornalistas Alessandro Silva, Daguito Rodrigues, da Folha de São Paulo detalhou a confissão de Suzane e Daniel.

Os pais não queriam o namoro de Suzane com Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 21 anos (época), e exigiam a separação. Pai e filha discutiam. Manfred von Richthofen, 49, não aceitava o o relacionamento da filha com alguém que não estudava nem trabalhava.

Desde o assassinato, ocorrido por volta da meia-noite do dia 30 de outubro, Suzane e Daniel negaram envolvimento, deram versões contraditórias, levantaram suspeitas sobre uma ex-empregada da família e tentaram convencer os policiais de que houve latrocínio (matar para roubar).

Logo após as mortes, Suzane afirmou que R$ 8.000 e US$ 5.000 tinham sido levados da casa da família, no Brooklin, na zona sul de São Paulo.

Cristian Cravinhos de Paula e Silva, de 26 anos, irmão de Daniel, deu a pista que faltava. Dez horas depois do crime, ele usou US$ 3.600 para comprar uma moto Suzuki 1.100. Só não conseguiu explicar à polícia como, apesar de estar desempregado e morando com a avó, conseguiu a quantia -cerca de R$ 12.700.

Depois de prender Cristian, a polícia encontrou mais dinheiro em sua casa. Ele, Daniel e Suzane foram levados para acareação no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), onde, segundo depoimento, confessaram. Astrogildo, pai dos dois jovens, acompanhou a confissão. Até ali, ele defendia os filhos. Não falou depois. A confissão também foi testemunhada pelos promotores Marcelo Milani e Virgílio Ferraz do Amaral.

Segundo o DHPP, Daniel e Suzane planejaram o crime e convidaram Cristian. Na noite do dia 30, Suzane e Daniel arrumaram um meio de tirar de casa Andreas, 15, irmão dela. Como ele não tinha autorização para sair, deixou dois travesseiros sob o lençol para simular que estava dormindo. Foi deixado em um cibercafé.

Os namorados teriam então retornado à casa dos pais de Suzane, acompanhados de Cristian, para executar o plano. Segundo a polícia, ela afirmou, em depoimento, que abriu as portas, certificou-se de que os pais estavam dormindo e ligou a luz de um corredor para que os dois jovens chegassem ao quarto.

De acordo com os depoimentos, eles portavam barras de ferro, usavam luvas cirúrgicas para não deixar digitais e meia-calça para evitar que pelos caíssem no local.

Cristian, o primeiro a confessar o crime, segundo a polícia, disse ter dado cinco golpes na cabeça da psiquiatra Marísia von Richthofen, de 50 anos. Depois, pôs uma toalha em sua boca e a sufocou. Daniel teria dado golpes na cabeça e no corpo de Manfred.

Suzane disse ter permanecido na sala da casa. A polícia não sabe se ela entrou no quarto depois das mortes. Mas os policiais afirmam que ela e os dois jovens foram depois para a biblioteca, onde havia dinheiro guardado. Livros foram revirados e jogados no chão.

Com o dinheiro, ela e os irmãos saíram dali. Roupas sujas, luvas e as barras de ferro foram abandonadas em um saco na avenida Ibirapuera (zona Sul de São Paulo). Cristian foi deixado perto de casa. O saco não tinha sido encontrado até ontem.

Depois, os namorados foram ao Motel Colonial, onde ficaram por uma hora e 20 minutos. Este seria o álibi deles. Saíram de lá para pegar Andreas no cibercafé.

Daniel foi deixado no caminho. Suzane e o irmão chegaram em casa por volta das 4h. Viram os corpos e ligaram para a polícia.

Os namorados choraram no enterro dos Richthofen.

Prisão

Suzane Louise von Richthofen, de 19 anos (na época), confessou envolvimento no caso na DHPP. Suzane, o namorado e o irmão dele tiveram prisão temporária decretada por dez dias.

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