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Comprador de apartamento de Flávio Bolsonaro já respondeu por corrupção, lavagem e fraude

O empresário também recebeu R$3 mil em parcelas do auxílio emergencial. Segundo o senador, foi com o dinheiro desta venda que ele começou a construir a mansão em Brasília.
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Comprador de apartamento de Flávio Bolsonaro já respondeu por corrupção, lavagem e fraude - Foto: Evaristo Sá/ STF

O empresário baiano Gervásio Meneses de Oliveira, comprador de um apartamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no Rio, no ano passado, já foi acusado, em processos diferentes, de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e de fraudes em licitações. Oliveira comprou o imóvel do parlamentar, localizado na Barra da Tijuca, pelo valor de R$ 2,6 milhões — Flávio justificou que essa venda lhe permitiu começar o pagamento da mansão em Brasília que ele adquiriu no ano passado. Gervásio Oliveira consta ainda como recebedor de R$ 3 mil de parcelas do auxílio emergencial. Procurado, ele afirmou que seu CPF foi usado em um golpe para sacar parcelas do auxílio.

Desde que a venda do apartamento foi feita, o nome de Oliveira não aparecia na escritura do imóvel. Sua identidade foi revelada pela revista Veja e confirmada pelo GLOBO. De acordo com o empresário, o acordo entre ele e Flávio era que a mudança no registro se daria após o senador liquidar o financiamento que fez na Caixa Econômica para o imóvel; o que foi feito com o valor da venda. Oliveira afirmou que, como a liquidação já foi feita, está providenciando a nova escritura.

O senador alega que usou o dinheiro da venda do imóvel para dar entrada na mansão de R$ 6 milhões que comprou no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, no ano passado. Segundo o Ministério Público do Rio, há a suspeita de que o apartamento na Barra da Tijuca tenha sido comprado pelo filho do presidente Jair Bolsonaro com dinheiro do salário de ex-funcionários do antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), através do esquema de “rachadinha”.

Em um dos processos a que responde na Justiça, Gervásio é acusado de ter pago propina a uma desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, para obter uma decisão que suspendesse o pagamento das parcelas do passivo trabalhista Da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), da qual Oliveira é fundador. O suposto esquema, que teria ocorrido entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, foi denunciado pelo Ministério Público Federal em agosto do ano passado e enviado ao Superior Tribunal Federal (STJ). O valor das dívidas da FTC somava mais de R$ 96 milhões.

Em 2010, Oliveira foi acusado de fazer parte de um esquema de fraudes em licitações de serviços de segurança e limpeza na Bahia. A denúncia contra ele foi feita após a Operação Jaleco Branco, da Polícia Federal. As investigações da PF, iniciadas em 2005, apontaram que o esquema, envolvendo empresários do setor de serviços, acontecia há mais de uma década em licitações federais, estaduais e municipais; o prejuízo aos cofres públicos, estipulado pela corporação na época, foi de R$ 625 milhões.

O empresário chegou a ter o pedido de prisão expedido na ocasião, mas teve uma habeas corpus concedido pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau.

Oliveira afirmou, por meio de sua assessoria, que “teve problemas judicias no passado que foram esclarecidos”. Já sobre o auxílio emergencial que teria recebido, o empresário disse que foi vítima de uma fraude e que alguém teria sacado o benefício em seu nome. Ele afirmou que fez uma notícia-crime à Polícia Federal denunciando o caso, mas não apresentou o registro da reclamação à PF.

Com informações: Extra

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