Após o interrogatório dos 5 envolvidos no homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos santos, no ano de 2019, o Tribunal do Juri da Comarca de Manaus, concluiu a audiência de instrução na manhã desta terça-feira (26), com o interrogatório de Elizeu da Paz, que começou às 9h34 e encerrou às 10h40.
O réu respondeu apenas as perguntas formuladas pelo juiz Celso Souza de Paula, se negando, por orientação da defesa, a responder as perguntas do promotor de Justiça Marcelo Almeida. Elizeu também respondeu às perguntas de sua advogada.
A retomada da audiência aconteceu na segunda-feira (25) com a oitiva de três testemunhas de defesa, ainda no horário da manhã, e também iniciado o interrogatório dos réus. Dos cinco acusados, quatro foram interrogados ainda na segunda-feira, ficando apenas Elizeu para esta terça.
Com o encerramento da audiência de instrução, o magistrado explicou que, após concluídas as diligências solicitadas pela defesa dos réus, vai abrir prazo para as partes – acusação e defesa – apresentarem os memoriais finais. Em seguida, o processo ficará concluso para a sentença de pronúncia ou impronúncia. Questionado sobre uma data de julgamento pela imprensa, o magistrado explicou que isso só poderá acontecer após o trânsito em julgado da Sentença de Pronúncia, caso o réu seja pronunciado para ir a júri popular.
O Ministério Público também poderá recorrer”, explicou Celso de Paula. O juiz disse também que vai analisar o pedido da defesa dos réus Elizeu da Paz e Mayc Paredes, que solicitaram o relaxamento da prisão destes.
Caso Flávio
O engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos foi morto no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa do enteado do então prefeito de Manaus, Arthur Neto, Alejandro Molina Valeiko, filho da ex-primeira dama, Elizabeth Valeiko.
Segundo a polícia, Alejandro Valeiko consumia bebidas alcoólicas e drogas junto com amigos e, durante a bebedeira, começou uma discussão, que prosseguiu para as agressões físicas e morte de Flávio, após ser esfaqueado e ter o corpo jogado e no bairro Tarumã, em um terreno próximo à casa de Alejandro Valeiko.
O policial militar Elizeu da Paz de Souza, que era lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus, atuava como segurança de Alejandro, estava dirigindo um carro alugado da Prefeitura que foi utilizado para transportar o corpo do engenheiro.
Segundo a polícia, o PM Elizeu de Souza foi até o condomínio e colocou o corpo no carro da Prefeitura e saiu do local para dar fim ao corpo, encontrado no dia seguinte.
