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CPI da Pandemia: Pazuello se diz a favor do uso de máscaras, mas foi ao shopping sem o item

Em depoimento nesta quarta-feira (19), no Senado Federal, em Brasília, para a CPI da Pandemia, o ex-ministro de Bolsonaro diz que sempre orientou sobre o uso de máscaras e o distanciamento social
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BRASÍLIA – Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta quarta-feira (19), o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde no Governo Bolsonaro, disse que sempre orientou sobre o uso de máscaras e distanciamento social entre o público para combater a proliferação do novo coronavírus.

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No entanto, a afirmação do militar vai totalmente contra as suas atitudes em público, como a registrada por foto no dia 25 de abril deste ano em um shopping center na Zona Centro-Sul da capital amazonense.

Na ocasião, após ser indagado por uma mulher no local sobre o uso de máscaras, Pazuello teria respondido: “Pois é. Tem de comprar, né? Sabe onde tem pra vender?”, teria dito o ex-ministro de Bolsonaro.

Transferido para Secretaria-Geral do Exército, Pazuello vinha sendo treinado para os depoimentos que presta, nesta quarta-feira (19), na CPI da Covid-19, no Senado Federal, em Brasília.

Assista ao depoimento de Pazuello na CPI da Pandemia:

Crise do oxigênio em Manaus

Manaus foi a primeira capital brasileira a ser fortemente abalada pelo novo coronavírus. Em abril e maio de 2020, a cidade passou por uma explosão no número de casos, com superlotação de cemitérios e tendo que enterrar centenas de corpos diariamente em valas abertas nos cemitérios.

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Em janeiro deste ano, durante a crise de oxigênio, o consumo da substância chegou a 76,5 mil metros cúbicos por dia, ou seja, um total de 51,5 mil metros cúbicos a mais do que o planejamento dos fornecedores, que estavam acostumados a fornecer a média do consumo diário de 14 mil metros cúbicos.

Documentos enviados pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) dão conta de que o Ministério da Saúde foi informado, seis dias antes da crise em Manaus, sobre o problema da falta de produção de oxigênio em alta demanda no Amazonas.

Naquele mesmo mês [janeiro], Pazuello esteve em Manaus, mas, ao invés de oxigênio, trouxe na bagagem cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada pela medicina no tratamento da Covid-19.

Texto: Isac Sharlon

Foto: Reprodução/Twitter

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