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CPI da Pandemia: ‘Pazuello tem tangenciado bastante e não tem contribuído’, critica Omar

#CPIDAPANDEMIA I Omar pediu ao relator que apresente um relatório preliminar com um balanço dos 30 primeiros dias de trabalho do colegiado.
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Omar Aziz
Omar Aziz é o presidente da CPI da Pandemia - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

BRASÍLIA – O general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, novamente respondeu a questionamentos de senadores, nesta quinta-feira (20), durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. No entanto, Para o presidente da  comissão, Omar Aziz (PSD-AM), “Pazuello tem tangenciado bastante e não tem contribuído” desde ontem [quarta-feira] no seu depoimento”.

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O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) solicitou que o documento seja submetido à análise da comissão. O pedido foi feito nesta quinta (20), durante o segundo dia de depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI.

Ao reclamar de constantes mentiras ditas à CPI, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu a contratação de uma agência de checagem para fazer “uma varredura on-line” dos depoimentos das testemunhas. Omar pediu ao relator que apresente um relatório preliminar com um balanço dos 30 primeiros dias de trabalho do colegiado.

Assista ao vídeo em que o presidente da comissão fala sobre o pedido de relatório:

Pressão

Quem abriu o segundo dia de questionamentos a Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia foi o senador Eduardo Braga (MDB), que contou com o apoio de Omar Aziz (PSD).

Braga questionou o ex-ministro se ele é a favor do uso de máscaras e a resposta foi “sim”. Na ocasião, o senador Eduardo Braga então usou como exemplo a visita de Eduardo Pazuello a Manaus, em que foi flagrado no dia 25 de abril deste ano sem o item de proteção em um shopping center na Zona Centro-Sul da capital amazonense.

Pazuello então se defendeu dizendo que foi ao shopping acompanhado da filha, mas acabou esquecendo a máscara no estacionamento.

Eduardo Pazuello
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde – foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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“A máscara acabou caindo no chão e eu pisei, então ela ficou inutilizável. Com isso, minha filha acabou entrando no centro de compras e eu a segui. Perguntei então para uma funcionária do shopping, que estava medindo a temperatura do corpo dos clientes na entrada, onde eu poderia comprar uma máscara, pois eu estava sem. Ela autorizou a minha entrada e orientou onde eu poderia adquirir o item”, justificou Pazuello.

TrateCov

Na ocasião, Braga questionou também o por quê de o Ministério da Saúde, na gestão de Pazuello, não ter tomado para si a gestão da saúde no Amazonas durante o pico da segunda onda da Covid-19. O ex-ministro então respondeu que a competência cabia ao Governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus.

O ex-ministro também foi questionado sobre TrateCov, uma ferramenta lançada pelo Ministério da Saúde e usada em Manaus. Segundo Omar e Braga, o governo Bolsonaro usou Manaus como cobaia para testes no aplicativo.

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O ex-ministro então se defendeu afirmando que o aplicativo foi hackeado e lançado por um hacker. No entanto, no próprio projeto-piloto da ferramenta havia a informação de que a cidade de Manaus foi, de fato, a escolhida para testes da ferramenta na Atenção Primária à Saúde (APS).

Pazuello disse que o objetivo do programa era auxiliar o diagnóstico médico da covid-19 e que tratava-se apenas de um protótipo, mas um ataque hacker fez com que a plataforma ficasse disponível. Senadores contestaram. Alessandro Vieira (Cidadania-SE) citou documento de 6 de janeiro, assinado por Pazuello, que permitia a disponibilização do TrateCov.

Críticas

Na comissão, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) elogiou a atitude de Pazuello em “assumir um avião em queda”. Já Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que “vários aviões caíram” ao enfatizar as 233 mil mortes ao fim da gestão do ex-ministro.

‘Capitã Cloroquina’

A secretária do Ministério da Saúde, Mayara Pinheiro, conhecida na mídia como “capitã cloroquina”, foi convocada para depor na próxima terça-feira (25). O anúncio foi feito por Omar durante o início da sessão desta quinta (20).

Colapso em Manaus

A CPI também pode aprovar na quarta-feira convites ao gerente da White Martins no Brasil, Christiano Cruz, e também ao diretor comercial da empresa, Paulo Barauna, para que prestem depoimentos.

O autor dos pedidos, Eduardo Braga, lembra que, em depoimento prestado ao Ministério Público, Cruz relatou que a White Martins, empresa fornecedora de oxigênio ao Amazonas, só conseguiu se reunir com integrantes do Ministério da Saúde para relatar pessoalmente o grave problema na disponibilidade de oxigênio às vésperas do colapso.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também requer ao Ministério da Saúde o detalhamento da estratégia adotada na contenção da disseminação da variante P1, surgida em Manaus.

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