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‘Crise’ no Governo Bolsonaro é sinal verde para golpe militar? Cientistas políticos do Amazonas comentam sobre

O assunto gerou muita discussão, principalmente nas redes sociais, logo após a troca de ministros do Governo Bolsonaro nesta segunda-feira (29)
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Manaus – Além das polêmicas e provocações, o governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) também é reconhecido pelas frequentes trocas de ministros. O Ministério da Saúde, por exemplo, já trocou de titular quatro vezes, enquanto a Educação fez três substituições.

Entretanto, o Governo Federal bateu um “recorde” nesta segunda-feira (29) com seis alterações: Casa Civil, Defesa, Advocacia-Geral da União, Justiça e Segurança Pública, Secretaria de Governo e Relações Exteriores.

A saída de ministros como Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e José Levi (AGU) foram as mais comentadas, principalmente nas redes sociais.

Ernesto Araújo saiu após várias críticas de sua atuação durante a pandemia da Covid-19. O chanceler teve a demissão pedida por deputados e senadores e, no último domingo (28), sacramentou sua saída após um atrito com a senadora Kátia Abreu (PP-TO).

Após “dança das cadeiras”, Jair Bolsonaro confirmou nomes para assumirem as respectivas pastas: Luiz Alberto Ramos (Casa Civil da Presidência da República); Anderson Torres (Ministério da Justiça e Segurança Pública); general Walter Souza Braga Netto (Ministério da Defesa); embaixador Carlos Alberto Franco França (Ministério das Relações Exteriores); deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) (Secretaria de Governo da Presidência da República); e André Mendonça (Advocacia-Geral da União).

Pressão e golpe militar

O desligamento do general Fernando Azevedo e Silva do cargo de Ministro da Defesa ainda pode reservar novos capítulos pela frente.

De acordo com o Estadão, a demissão do então ministro aconteceu porque ele se recusava a garantir um alinhamento automático e o manifestar apoio das Forças Armadas a ligações do presidente que caracterizavam envolvimento direto dos militares com a política.

A relação entre Bolsonaro e Azevedo Silva vinha se deteriorando havia meses e na semana passada o ministro avisou aos comandantes e a assessores diretos que estava se tornando insustentável.

Com a demissão do general, iniciou uma discussão, principalmente nas redes sociais, sobre um possível golpe militar no governo.

Para o cientista político Carlos Santiago, não há clima para golpe militar no Brasil. Ele acredita que as trocas são frutos de uma reforma ministerial.

“As mudanças nos ministérios são reflexos da queda de popularidade do governo e pressões políticas para que haja mudanças na condução do combate à pandemia”, disse.

Tiago Jacaúna, professor e cientista político, relembrou que discursos favoráveis à Ditadura Militar ajudaram na vitória de Bolsonaro nas Eleições 2018. Mas segundo ele, o presidente está sendo pressionado pelo “Centrão”.

“Me parece que ele está perdido e tentando recuperar os mesmos discursos que o levaram a ser eleito. Porém, o contexto social, político e econômico é muito diferente de 2018. O Bolsonaro começa a sofrer pressão do “Centrão” e essa troca de ministros tem tudo a ver com a má gestão à frente do Brasil”, reitera.

Bolsonaro vs Lula

O sonhado duelo entre o petista e Jair Bolsonaro (Sem Partido) pode acontecer. Pensando nisso, a Perspectiva Mercado e Opinião divulgou nesta quarta-feira (24) uma pesquisa sobre o assunto.

Segundo a Perspectiva, Lula aparece em primeiro lugar, com 38,3% das intenções de voto, contra 27,8% do atual presidente, apresentando uma diferença de 10,5% na pergunta estimulada em 1ª opção.

A pesquisa estimulada também foi adotada pela Perspectiva para levantar o potencial de votos entre Lula e Bolsonaro. O potencial de votos é resultado da média entre as intenções de votos e a rejeição de cada candidato.

Neste caso, a vantagem do petista sobe para 12% sobre o presidente, que contabiliza 32,4% contra os 44,4% de Lula.

Foto: Marcos Corrêa/PR

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