Manaus – Motorista de aplicativo registrou Boletim de Ocorrência (BO) por importunação sexual na manhã da última quinta-feira (29), após ter sido supostamente assediado por passageiro na rua Aristides Rocha, no bairro Petrópolis, zona Centro-Sul de Manaus.
O motorista não identificado, alega que o passageiro tentou apalpar suas partes íntimas e tentou beija-lo a força. O mesmo saiu à procura de uma viatura nas ruas, quando abordou os policiais relatando o ocorrido.
O passageiro e o motorista foram encaminhados para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde o motorista registrou a ocorrência de importunação sexual contra o passageiro enquanto estavam em viagem.
O B.O foi divulgado em um grupo de motoristas de app no Facebook, fazendo menção aos últimos casos de assédio sexual contra motoristas.
Relembre um caso
Um passageiro denunciou o caso de espancamento em sua conta no Instagram na tarde desta quinta-feira (13). Ele diz que foi vítima de homofobia praticada por pelo motorista de aplicativo. O rapaz alega que foi espancado após o motorista descobrir que o passageiro era homossexual.
De acordo com o relato do jovem, ele regressava da casa de um amigo no bairro Alvorada, na zona Centro-Oeste de Manaus, quando foi questionado pelo motorista do carro se “era gay”.
“Eu disse que sim e então comecei a ser espancado, levando socos e gritos de que ‘viado’ precisa morrer”, relatou em sua postagem.
Já o motorista de aplicativo denunciado pelo crime de homofobia após agressão contra um jovem homossexual, alegou em seu depoimento que estava chegando em final de expediente, mas resolveu aceitar a corrida do rapaz para não ser bloqueado no aplicativo 99. O motorista disse que o jovem lhe mandou uma mensagem indecente antes da corrida.
“Ele me mandou mensagem perguntando se eu queria uma mamada para relaxar. Ignorei a mensagem e fiz a corrida. Era por volta de 1h44, entrou bêbado no carro, sentou no banco da frente e não estava usando máscara. Sempre que eu ia trocar a marcha do carro tentou me alisar. Reclamei, mas fez um sorriso sarcástico”, disse.
“Dei apenas um soco nele. Assumo meu erro. Nem sabia daquele estrago todo. Eu não estou arrependido, até porque fui abusado. Se fosse em outro lugar seria pior. Quando falei que ele ia para a delegacia ameaçou que iria se jogar do carro. A corrida durou de cinco a 10 minutos”, relembra.
Durante sua defesa, o motorista contou que o jovem tem histórico de aliciar motoristas de aplicativo na capital amazonense. Ele diz que está sofrendo ameaças por várias pessoas.
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