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Em menos de 15 dias dois jornalistas são atacados no Amazonas por pessoas ligadas à Política

O fato ocorreu no momento em que o repórter procurou pelo empresário e ex-prefeito de Humaitá, para saber qual a versão dele sobre uma investigação por parte do MPAM referente a contratação, sem processo de licitação
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Foto: Reprodução|G1

Amazonas – A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 5º, garante a todo cidadão o direito à informação. Também como direitos trabalhistas dos jornalistas está no fato do profissional formado no curso de Jornalismo ser responsável por buscar, investigar, redigir e transmitir notícias, por meio dos meios de comunicação tais como jornais, revistas, internet, televisão, etc.

É o jornalista que participa ativamente de todos os processos de produção de notícias que vão desde a investigação, apuração, organização, resumo e a redação do texto. Isso é além de um direito um dever do profissional ético.

No entanto, o repórter Lucas Lobo, um profissional que atualmente é correspondente da Rede Amazônica no município de Humaitá, que fica cerca de 701 km de distância da capital amazonense, foi agredido pelo ex-prefeito Herivâneo Seixas, de 58 anos, (PROS), na manhã desta quinta-feira (8).

O fato ocorreu no momento em que o repórter procurou pelo empresário e ex-prefeito para saber qual a versão dele sobre uma investigação por parte do Ministério Público do Amazonas (MPAM) referente a contratação, sem processo de licitação, de uma empresa para fornecimento de testes rápido para a exame de Covid-19. O contrato com suspeitas de superfaturamento foi firmado pela prefeitura de Humaitá em 2020, quando Herivânio Seixas era o então prefeito do município.

O ex-prefeito chegou ao local em uma caminhonete, muito agressivo, já xingando, falando palavrões e fazendo ameaças ao repórter Lucas Lobo.

“O que vai filmar aí?” O repórter responde: “eu vim fazer o meu trabalho”. O ex-prefeito então continua: “Primeiro vou tomar teu telefone. Tu veio a mando de quem aqui?”

O ex-prefeito então agrediu fisicamente o jornalista, que teve o microfone arrancado de suas mãos e o celular foi jogado no chão e quebrado por Herivânio Seixas.

Em seguida, o agressor ainda toma os equipamentos do profissional de comunicação e os leva para seu carro. O ex-prefeito chama a polícia para prender o repórter, que tudo o que estava a fazer era exercendo o seu ofício, que por direto da profissão, foi atacado, injuriado e desrespeitado. Outro homem, que seria filho do ex-prefeito, também ameaçou a vida e xingou o repórter.

Depois da agressão e com a chegada da polícia, o ex-prefeito tentou extorquir o repórter, oferecendo benefícios. O repórter foi até a delegacia do município para registrar a ocorrência.

Esta agressão ao exercício da profissão ocorre quinze dias depois do registro de outro caso de violência, contra o repórter Leandro Marques, no município de Itacoatiara.

Repúdio
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas – SJP/AM e a Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ emitiram nota de repúdio pela agressão sofrida pelo repórter Lucas Lobo. No texto, as entidades ressaltam “às autoridades públicas e à sociedade que o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental do cidadão. Portanto, o livre exercício profissional e a integridade dos jornalistas devem ser respeitados”.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do estado do Amazonas, também manifestou seu repúdio em decorrência do ataque sofrido pelo repórter da rede Amazônica. Em nota, o órgão disse condenar os atos por violarem o direito da liberdade de imprensa de informar a população, assegurados pela Constituição de 1988.

Com informações do G1

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