Manaus (AM) – Os coletores de lixo que prestam serviço para a empresa Marquise Ambiental, terceirizada da Prefeitura de Manaus, paralisaram os trabalhos e realizam protestos pela morte do colega de trabalho Aldenir Rodrigues Castilho, que tinha 25 anos, e reivindicam direitos trabalhistas.
A mobilização ocorre em frente a empresa a Marquise Ambiental, na manhã desta quinta-feira (28) e a paralisação ocorre deste a madrugada.
Além de pedirem mais segurança, os coletores de resíduos reivindicam por direitos trabalhistas, e denunciam as horas de trabalhos cobrados e outras exigências feitas pela empresa terceirizada.
Os garis relatam que ultrapassam as horas de trabalho, que chegam a 14 horas. Eles afirmam ainda que são cobrados por tempo de trabalho, na qual devem percorrer 40 quilômetros por dia, e também pelo peso de resíduos, que deve chegar a 30 toneladas por cada veículo coletor de lixo.
A primeira viagem deve alcançar cerca de 13 a 14 toneladas. Juntando com a segunda, são mais de 30 toneladas exigidas por dia. Caso a meta não seja alcançada a equipe recebe advertência.
Falta de segurança
Aldenir Rodrigues Castilho foi atingido com um tiro no peito, disparo por um assaltante, no momento que coletava lixos noite da última terça-feira (26), na Travessa S6 do bairro Japiim, na Zona Sul da capital.
O atirador fugiu e não foi identificado. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, mas não resistiu ao ferimento e veio a óbito.
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Aldenir era natural de Benjamin Constant e veio para Manaus há três anos em busca de emprego. Após se estabilizar, ele trouxe a mulher e as duas filhas, de 4 e 7 anos, para viverem na cidade.
“Sempre foi um rapaz muito trabalhador. Ele foi para Manaus em busca de emprego e graças a Deus assim que ele chegou já conseguiu algo. E ele ficou por aí, levou a esposa e as filhinhas dele”, disse o cunhado.
“Caso liberem ainda nesta quarta, vamos trazê-lo de avião para Tabatinga e de lá para Benjamin. Estamos desolados, tristes e apreensivos com tudo isso”, finalizou.
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A Polícia Civil informou que um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso, que será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
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