Brasil – O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, disse durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) , que não recebeu nenhum relatório sobre as ações do movimento no período em que esteve à frente da pasta, entre o dia 1º de janeiro a 1º de março de 2023.
Os relatórios que Gonçalves Dias se refere foram feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada à época pelo GSI. “Neste período, eu não recebi, através do correio Sisbin [Sistema Brasileiro de Inteligência], que é o órgão de trâmite de documento, nenhum relatório concernente ao assunto em epígrafe”, disse aos parlamentares o general, que depôs na condição de testemunha.
A convocação de Dias foi solicitada pelo deputado federal Ricardos Salles (PL-SP) que questionou sobre o relatório e afirmou que a Abin registrou 29 invasões do MST, de janeiro a fevereiro deste ano. Novamente Gonçalves Dias disse não ter recebido o documento e também de não ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as ações do grupo.
“Não tratei, porque não tinha conhecimento. Se tivesse conhecimento, tinha levado ao presidente. É uma resposta lógica”, afirmou.
O general podia ficar em silêncio caso tivesse que responder algum questionamento que gerasse provas contra si próprio, e assim o fez quando foi interpelado por Ricardo Salles sobre a questão do golpe militar em 1964, se o mesmo teria sido bom ou ruim ao país, momento este que gerou um bate-boca na sessão e Gonçalves Dias ficou em silêncio, por considerar que a pergunta não fazia parte da CPI do MST.
“Entrar nessa situação se foi bom ou ruim o movimento de 64 é polêmico. E não gostaria de entrar nessa seara”, comunicou G Dias.
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