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Líderes do Movimento LGBTQIA+ de Manaus farão protesto pedindo justiça pela morte de Manuella Otto

O protesto será realizado em frente da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e terá participação dos familiares de Manuella Otto
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protesto manuella otto

Manaus – Representantes da classe LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e outros) irão fazer na próxima sexta-feira (19) um protesto pedindo justiça pela morte da mulher trans Manuella Otto, assassinada no quarto de um motel no bairro Monte das Oliveiras, zona Norte da capital.

A informação foi confirmada ao Portal Tucumã por Bruna La Close, principal fundadora do Movimento LGBTQIA+ em Manaus, e será realizada em frente da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), situada na avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, zona Leste da capital, a partir de 10h.

O protesto irá contar com a presença de familiares e amigos da vítima. Bruna La Close afirmou que o crime não pode ficar impune e cobrou resposta da equipe que investiga o caso.

“É inaceitável que os crimes contra a comunidade LGBTQ+ continue sejam tratados como corpos sem história, sem dignidade. Exigimos justiça, prisão e condenação do assassino. Precisamos de respostas”, disse.

Bruna afirmou que os manifestantes vão levar faixas, cartazes e banners pedindo justiça pela morte de Manuella Otto. Além disso, o protesto vai seguir todas as regras de prevenção da Covid-19, como uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social.

Relembre o caso

Manuela Otto foi encontrada morta deitada no quarto do motel da madrugada do último sábado (13). Segundo o Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC), ela recebeu dois tiros, sendo um no braço esquerdo e outro nas costas, o último atravessando o tórax.

A vítima teria chegado no motel acompanhada do cabo Jeremias da Costa Silva, de 27 anos, lotado na 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), principal suspeito de assassinar a mulher trans no estabelecimento.

Jeremias estava conduzindo um modelo Prisma, de cor branca e placas PHJ-1418. Durante a estadia no motel, os funcionários ouviram um disparo de arma de fogo.

Foto: Divulgação

Logo em seguida, o portão da pousada foi fechado para impedir a saída do homem que estava na companhia da vítima. O suspeito fez ameaças e arrombou a porta com o carro.

Em nota, a PMAM informou ao Portal Tucumã que “a Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da Corporação está acompanhando o caso e já instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para analisar o suposto envolvimento do policial no crime de homicídio. Ressaltamos que na data do fato, o militar estava afastado de suas atividades operacionais e administrativas por motivos de saúde”.

O caso está sendo investigado pela DEHS, sob a coordenação do delegado Charles Araújo, titular da unidade policial.

Drama

A mãe da vítima, Hilma Silva, concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal Tucumã na tarde desta quarta-feira (17). Ela relembra que descobriu a morte da filha depois após receber uma ligação do Instituto Médico Legal (IML).

“Queria ter tido forças para impedir que a minha filha saísse de casa. Desde quando saiu meu coração ficou aflito e não consegui dormir. Mandei mensagem no WhatsApp e não respondeu. Eu recebi uma ligação do IML que o celular tinha sido encontrado com uma mulher trans em uma pousada. Meu mundo desabou e trouxe minha filha para casa da pior maneira”, conta.

mãe motel
Elas era muito unidas e trabalhavam juntas – Foto: Reprodução/Portal Tucumã e Divulgação

A mãe da vítima também pediu pela justiça pela morte de Manuella Otto e torce para que o caso não fique sem respostas.

“Torço para que esse crime não caia no esquecimento e que minha filha não seja apenas uma estatística. Ele deve ser punido e venha pagar pelo crime. O fato de ele ser policial não significa que ele fique impune”, desabafa.

Foto: Divulgação

Leia também: Em Manaus, mulher sofre tentativa de homicídio após chegar em casa

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