Manaus, AM – O Ministério Público Federal (MPF) anunciou uma investigação sobre o atendimento prestado ao indígena Tadeo Kulina, que morreu após ser brutalmente espancado em Manaus. Ele veio à cidade para acompanhar a esposa, que se submeteria a uma cirurgia de parto cesariano.
O casal chegou à capital amazonense em 1º de fevereiro e foi encaminhado diretamente para a maternidade Ana Braga, por meio da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM).
No entanto, em 7 de fevereiro, a maternidade entrou em contato com a Casa de Saúde Indígena (Casai) de Manaus para relatar que a mulher estava sem acompanhante. Um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento de Tadeo foi registrado na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), mas ele só foi identificado após o Instituto Médico Legal (IML) ser acionado para remover o corpo do Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio.
O MPF solicitou informações aos órgãos de saúde responsáveis pelo atendimento aos indígenas e planeja realizar oitivas para investigações adicionais. No entanto, as investigações sobre a morte de Kulina serão conduzidas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Relembre o caso
Tadeo Kulina, indígena de 34 anos do povo Kulina do Vale do Jari, morreu no Hospital João Lúcio, em Manaus, após ser brutalmente espancado.
De acordo com a Polícia Militar, a vítima estava na capital para acompanhar o parto de sua esposa, e o casal, que não falava português, ficou sozinho na maternidade Ana Braga desde o dia 1º de fevereiro.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) tomou conhecimento do caso durante a remoção do corpo, sendo que Tadeo foi encontrado espancado na região cabeça, escoltado por policiais até o hospital, onde não resistiu.
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