Com a previsão da reabertura gradativa dos comércios na cidade de Manaus, para o próximo dia 1º de junho, conforme anunciado pelo governador Wilson Lima, representantes do parlamento municipal e federal do Amazonas divergem opiniões sobre o assunto.
Para o vereador Isaac Tayah (PSL), a reabertura poderá aumentar novamente os casos na capital e se caso acontecer deve haver um planejamento para esse retorno. “Eu defendo mesmo o trabalho home office e o delivery, como tem sido feito com os comércios essenciais, porque a preocupação ainda é muito grande quanto ao risco de contaminação. Mas se de fato for feita a reabertura, que seja feito um rodízio de funcionários e que eles usem os equipamentos de proteção, como: luvas, máscaras e também a higienização devida com álcool em gel e a lavagens das mãos com água e sabão”, ressaltou o parlamentar que também é medico.
Já o vereador Marcelo Serafim (PSB), acredita que o momento é favorável para o retorno das atividades comerciais, uma vez que o mesmo aponta diminuições no atendimento no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de casos de óbitos provocados pelo coronavírus e outros fatores.
“Os números de Manaus nos dão segurança de iniciarmos a reabertura gradual do comércio. Quando analisamos os dados da Itália, Espanha e França vemos que as nossas curvas são muito semelhantes a destes países e como estamos com quatro semanas epidemiológicas atrás desses países podemos observar o que acontecerá neles e reavaliar qualquer necessidade de novas medidas restritivas. Temos o menor nível de sepultamentos em mais de 45 dias e os menores níveis de internações dos últimos 30 dias”, ressaltou.
Outra parlamentar entrevistada, a vereadora Jacqueline Pinheiro (Podemos), acha que ainda é muito cedo para à retomada dessas atividades. “Acho precoce, pois ainda está havendo muito contágio e as pessoas irão relaxar no cuidados preventivos! Tem que haver uma programação, um protocolo de segurança para evitar que aja novo pico da covid. Diminuímos no número de mortes, mas não significa que já esteja sob controle o contágio e ainda há as cidades do interior que agora estao sendo atingidas e não tem UTI’s e que esss pessoas virão se tratar em Manaus”, salientou a parlamentar.
Já o deputado federal José Ricardo (PT-AM), afirma que é preciso ter cautela para reabrir o comércio devido os números de pessoas infectadas já registradas no Amazonas. “É preciso ser feito com muita cautela. Acredito que se for para liberar tem que ser mediante ações de prevenção e de cuidados. Porque mesmo que tenha o menor percentual de crescimento da doença, ela continua crescendo, tem gente se contaminando, tem gente se internando e os hospitais ainda estão lotados e a possibilidade de a pessoa morrer por conta de situações de doenças que elas têm, principalmente os idosos, continua. Eu ainda acredito que instiuições como escolas e igrejas com grande aglomerações em espaço pequeno e restrito, não dá agora para o governo abrir”, destacou o parlamentar.
Perguntado sobre a reabertura, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), disse que se a reabertura seguir às recomendações médicas e sanitárias não haverá problemas. “Desde o início disso tudo, procurei seguir ao máximo o que recomendaram as autoridades da área. O Governador, por certo, está bem assessorado quanto a isso. Se assim for, concordo com uma abertura aos poucos e claro, com as mesmas recomendações médicas e sanitárias”, disse.
