Um estudo concluiu que o hábito de assistir televisão aumenta o risco de idosos desenvolverem demência, enquanto ler um livro ou usar o computador podem proteger o sistema cognitivo. A pesquisa foi feita por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade do Arizona, ambas nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, nesta segunda-feira (22).
A pesquisa levou 12 anos para ser concluída. Para efetivação do estudo, foram analisados dados de 150 mil moradores do Reino Unido com 60 anos ou mais. O objetivo era entender a ligação entre o comportamento sedentário e o risco de demência. Nenhuma das pessoas analisadas apresentava diagnóstico da doença no início do projeto.
Os cientistas concluíram que, quando se trata de envelhecimento cerebral, o tipo de atividade importa mais do que o tempo gasto sentado durante o lazer.
De acordo com os dados, os participantes que desenvolveram demência assistiam ao menos três horas e 24 minutos de TV por dia. Assistir quatro horas de televisão por dia está relacionado ao aumento de 20% no risco de demência em comparação aos que passavam menos de duas horas em frente ao aparelho.
Em depoimento à agência de notícias da Universidade do Sul da Califórnia, o autor do estudo, David Raichlen, disse: “Sabemos de estudos anteriores que assistir televisão envolve baixos níveis de atividade muscular e uso de energia em comparação com o uso de um computador ou leitura”.
Embora a pesquisa tenha mostrado que ficar sentado por longos períodos esteja relacionado à redução do fluxo sanguíneo no cérebro, a estimulação intelectual que ocorre durante o uso do computador pode neutralizar os efeitos negativos da posição.
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