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Perito criminal diz que Wilson Justo foi “praticamente” caçado por Gustavo Sotero

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O perito criminal Rcardo Molina contestou a defesa do delegado Gustavo Sotero durante entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (28) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), situada na avenida Paraíba, bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus

Ricardo apresentou um laudo técnico contrariando o principal argumento da defesa de Gustavo Sotero dizendo que o delegado agiu em legítima defesa.

“Eu entendo que não há nenhuma caracterização de legítima defesa. Houve o soco, é claro, mas a reação é despropositada e não foi motivada por outra agressão. O que a defesa alega é que o acusado teria atirado porque teve sucessivos ataques da vítima. Todo mundo viu o vídeo e viu que não há isso”, disse o perito criminal.

Ainda segundo Ricardo, o advogado Wilson Justo foi praticamente “caçado” na casa noturna Porão do Alemão.

“Ele corre de Sotero para se esconder atrás da mureta. O Sotero vai recuando, fazendo uma meia lua e dá mais dois tiros que não acertam Wilson porque ele está correndo, e acerta Iuri e Maurício. Sotero continua caçando Wilson depois do quinto tiro e depois descobre que o Wilson está escondido atrás da mureta, Sotero vai até Wilson mas a arma falhou”, explica.

Possível manipulação

A advogada Catharina Estrela, responsável pela defesa de Wilson Justo, diz que a imagem 3D divulgada pela defesa de Gustavo Sotero no último domingo (27) foi “manipulado” para modificar o ocorrido.

“Ele camufla dois momentos. A primeira posição mostra a base das pernas de Sotero quando levanta de modo paralelo, isso indica que não houve ataque. O vídeo tenta ludibriar mesmo dizendo que houve um ataque do Wilson no momento posterior ao murro e não houve”, falou a advogada.

Julgamento

O delegado Gustavo Sotero será julgado a partir da próxima terça-feira (29) e deve concluir no dia 31 de outubro. A audiência vai acontecer no Fórum Henoch Reis, localizado na avenida Paraíba, bairro São Francisco, zona Sul de Manaus, a partir das 09h.

Gustavo Sotero (a esquerda) e Wilson Justo Filho (a direita). Foto: Divulgação

A audiência será presidida pelo juiz de Direito Celso Souza de Paula, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, além da participação do promotor de Justiça George Pestana, representando o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE).

Relembre o caso

O delegado Gustavo Sotero, plantonista do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), efetuou tiros a queima roupa contra o advogado Wilson Justo Filho na casa noturna Porão do Alemão, na zona Oeste de Manaus, em dezembro de 2017.

Na época, Wilson era presidente do Partido da República (PR) no município de Novo Airão, distante a 115 quilômetros da capital amazonense.

Imagem: Divulgação/Porão do Alemão

De acordo com testemunhas no local, Gustavo estaria assediando Fabíola Rodrigues Pinto de Souza, 31, esposa de Wilson. Os dois tiveram um desentendimento e o delegado efetuou disparos à queima-roupa contra o advogado.

Gustavo acertou o peito de Wilson e Fabíola foi baleada na perna. Policiais militares que passavam nas imediações efetuaram a prisão de Gustavo. O delegado estava na posse de uma pistola Taurus .40.

Da Redação

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