O senador do Amazonas, Plínio Valério (PSDB) usou suas redes sociais para expressar defesa ao voto impresso em todo o Brasil. A postagem foi feita na manhã desta quinta-feira (19) e o senador fala em vídeo, que às Eleições Municipais de 2020 foi uma “vergonha” e que deve ter “mutreta” no pleito.
“Depois desta vergonha que foi às Eleições municipais, onde o voto do cidadão e da cidadã não foi respeitado, nós estamos entrando com uma PEC exigindo que se cumpra a lei, que o Supremo Tribunal Federal (STF) e que o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) cumpra o que está na lei, que é o voto impresso”, diz o senador.
No vídeo, Plínio diz que o cidadão tem direito de saber em quem votou e diz que apresentará uma PEC no Senado para que o sistema seja implantado a partir de 2022, quando ocorrerá Eleições Gerais em todo o Brasil para presidente e vice, governador, senador, deputado federal e estadual.
Em seguida, Plínio diz que se não querem liberar essa condição aos eleitores deve ser porque há “mutretas” no pleito. “O cidadão tem todo o direito de ver seu voto comprovado, de saber em quem votou, de saber que seu voto será comprovado, se não querem isso houve “mutreta” sim. Foi uma vergonha o que nós assistimos: intimidação, compra de votos e apagão, então essa coisa precisa acabar e acaba com o voto impresso e com comprovante. Porque que não querem que o cidadão saiba em quem votou? Tem medo de quê?”, destacou Valério.
Ao final do vídeo, o parlamentar diz que não liberar o comprovante do voto é um grande prejuízo para democracia. “O maior prejuízo na democracia não é gastar dinheiro na Eleição, o maior prejuízo é o voto do cidadão não ser respeitado. Então nós estamos apresentando uma PEC para que o voto impresso passe a vigorar em 2022. O simples fato da possibilidade desse voto ser auditado, vai frear os criminosos da web ou mesmo sanar eventuais falhas na totalização de resultados. Estamos preparando uma PEC no Senado para garantir o voto impresso”, finaliza.
Veja o vídeo do senador:
Bolsonaro também quer o voto impresso
O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) voltou a lançar dúvidas, sem apresentar provas, sobre a regularidade das eleições feitas com urnas eletrônicas e afirmou que os votos no Brasil não são auditados e defende novamente o voto impresso.
O Comprova, no entanto, mostrou que ataques de hackers ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não violam a segurança das eleições, e que o sistema de voto eletrônico brasileiro pode ser auditado.
“Você fica na dúvida. Não pode ter dúvida”. No meu tempo tinha o papel. Podia fraudar na contagem do papel, mas se pedia recontagem… agora, não. Acabou, acabou. Alguns falam: por que está reclamando, se foi eleito pela urna eletrônica? Eu entendo que só fui eleito pela urna eletrônica porque tive muito voto, senão não teria chegado”, disse Bolsonaro.
Leia mais: Bolsonaro defende voto impresso durante fala com apoiadores nesta terça
