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‘Urina preta’: entenda a doença que atinge o Amazonas

Doença é causada por uma toxina presente em alguns tipos de peixes armazenados de maneira incorreta, dentre eles o tambaqui
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Autoridades de saúde do Amazonas estão investigando casos suspeitos da doença de Haff, popularmente conhecida como “doença da urina preta”. Até a última quarta-feira (25), a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) confirmou 16 casos suspeitos da síndrome, em Itacoatiara, a 270 quilômetros de Manaus. A condição já atinge pessoas, entre adultos e crianças, e oito estão hospitalizadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença de Haff é causada por uma toxina presente em alguns tipos de peixes quando o armazenamento destes ocorre de maneira incorreta, dentre eles o tambaqui. Outros estudos apontam que a doença foi causada após a ingestão de peixes como o olho-de-boi, badejo, pacu-manteiga, pirapitinga e arabaiana.

Sintomas

O escurecimento da urina é causado pela rabdomiólise, que rompe o tecido muscular e libera a substância tóxica na corrente sanguínea.

Para a FVS-AM, a doença também pode surgir depois de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas ou consumo de álcool e outras drogas.

Sequelas

Além da urina escura, a doença de Haff provoca extrema rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência e perda de força em todo o corpo. A condição também pode causar insuficiência renal que, se não tratada, pode levar ao óbito.

Tratamento no Amazonas

Segundo a investigação da vigilância epidemiológica do município de Itacoatiara, dos 16 casos notificados, 11 são do sexo masculino e cinco do sexo feminino, sendo dez casos distribuídos em quatro núcleos familiares. Entre os registros, há 12 adultos (de 30 a 63 anos) e quatro crianças (de 3 a 12 anos). Sete pessoas seguem internadas em hospitais do município. Enquanto quatro pacientes foram transferidos para Manaus.

O órgão informou que as causas das internações ainda estão sendo investigadas, no entanto, todos os pacientes ingeriram peixes antes de apresentarem os sintomas.

Nesta quarta (25), uma equipe da FVS e da Fundação de Medicina Tropical foi ao município para dar sequência às investigações. “Vamos acompanhar a equipe de Assistência em Saúde do local para manejo clínico dos pacientes”, afirmou o diretor-presidente da FVS, Cristiano Fernandes.

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