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Uso de escudo facial não descarta máscara, dizem especialistas

Equipamento de proteção é aconselhável para quem trabalha em ambientes hospitalares ou em contato direto com o público.
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Os escudos faciais, também chamados de face shields, estão entre os equipamentos disponíveis para a proteção contra o novo coronavírus. Frequentemente utilizados dentro de hospitais, o item já é procurado por aqueles que não se adaptaram à máscara de pano ou descartável. No entanto, infectologistas alertam que os escudos faciais não descartam proteção respiratória.

“Os escudos faciais são de fato um importante e efetivo equipamento de proteção individual para várias atividades laborais”, explica Tiago Rodrigues, médico infectologista e professor de Medicina da Unic Cuiabá. “Entretanto, são equipamentos que devem ser utilizados como complementares a outros dispositivos de proteção, como máscaras e óculos protetores, principalmente quando usados para proteger contra partículas contendo microrganismos, já que não dispõem de uma vedação periférica”, completa.

Foi o que estudos publicados pelo National Center of Biotchnology Information concluíram: embora o uso de escudos faciais possam reduzir a transmissão de partículas em até 96% para menos de 1 metro, eles não podem ser usados como substitutos da máscara de tecido.

Para Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emílio Ribas, os equipamentos são indicados para quem atua em serviços essenciais, como profissionais da saúde e caixas de supermercado.

“Os escudos faciais acabam sendo mais úteis para pessoas que inevitavelmente lidam com o público”, explica Gorinchteyn. “No entanto, elas devem ser usadas concomitantemente com as máscaras, uma vez que o vírus está em partículas que ficam no ar de 30 minutos até 3 horas”.

Na Tailândia, hospitais chegaram a equipar recém nascidos com os escudos faciais, já que as máscaras não são indicadas para crianças menores de dois anos de idade. No entanto, os infectologistas Gorinchteyn e Rodrigues também desaconselham a medida.

“As crianças tendem a mexer muito mais nas máscaras, o que acaba gerando maior risco de contaminação ao colocar a mão na boca, nos olhos ou no nariz”, explica Gorinchteyn.

Por causa da pandemia, a ANVISA autorizou, excepcionalmente, em período de calamidade, a fabricação de equipamentos de proteção sem autorização ou notificação do órgão, desde que sejam seguidas todas as regras sanitárias. Em lojas, o equipamento pode custar de R$15 até R$ 50. 

Os infectologistas ainda alertam para a higienização do EPI. De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, o processo de limpeza do escudo facial deve ser feito usando luvas descartáveis. O produto higienizador, como um desinfetante, deve ser borrifado em um lenço e aplicado primeiramente na parte interna do equipamento, com movimentos seguindo a mesma direção. Depois, o mesmo processo deve ser seguido na parte externa, que é a mais contaminada.

R7

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