Até o último domingo (7), Amazonas já recebeu mais de 550 mil doses para vacinação contra covid-19. No entanto, desde o dia que começou o processo de imunização no Estado, do dia 19 de janeiro até o dia 6 de fevereiro, apenas 115 mil doses foram aplicadas. Para uma população estimada em 4,2 milhões, o número de doses aplicadas ainda não representa nem 3% da população.
Em Manaus, até dia 6 de fevereiro, a vacinação tinha atendido apenas 55 mil pessoas, situação agravada com o fechamento dos postos de vacinação aos domingos.
Cientistas da Fiocruz e (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) INPA, informaram que precisaria haver uma vacinação de no mínimo 70% da população, com as duas doses, para ter um resultado efetivo para conter a doença. Outros cientistas já defendem 90% de imunização, devido as novas cepas desse vírus. Como 70% são necessários, 1,5 milhão de doses para Manaus e 3 milhões no Estado na 1ª dose.
“Devemos imunizar em torno de 70%, 80% da população de Manaus nos próximos três meses. Isso é crucial para diminuir a taxa de transmissão do vírus no estado, pois nossos modelos indicam que essa taxa deve continuar constante, o que pode, inclusive, criar novas mutações e, quem sabe, até uma variante resistente à vacina, tornando Manaus um epicentro mundial do coronavírus e um problema de saúde pública mundial”, afirmou o biólogo Lucas Ferrante.
No ritmo em que o Amazonas vacina a população, levaria em torno de um ano e meio para se conseguir vacinar 70% da população, isto é 2,9 milhões de habitantes. Bem longe da estimativa de 3 meses prevista pelo pesquisador.
A Prefeitura de Manaus, os governos municipais do interior, bem como o aporte do Governo do Estado, precisam intensificar a vacinação através de mais funcionários atuando para vacinar a população, ampliar o número de locais para facilitar o acesso, ampliar o tempo de atendimento e intensificar o chamamento da população pelos meios de comunicação.
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