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Agente da Abin é demitido após vazar dados do caso Flávio Bolsonaro

Agente da Abin, Cristiano Ribeiro foi demitido do serviço secreto pelo governo federal
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Bolsonaro - STF
(Foto: Reprodução / Assembleia Rio Grande do Norte)

Brasil – Agente da Abin, Cristiano Ribeiro foi demitido do serviço secreto pelo governo federal. Uma apuração interna apontou que ele vazou dados sigilosos que municiaram reportagem a respeito de um servidor do órgão que, segundo a matéria, teria atuado para “blindar” Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.

Conforme fontes da coluna, Ribeiro fotografou a tela de seu computador na Abin e enviou para pessoas que não pertenciam à Agência Brasileira de Inteligência. O episódio aconteceu ainda durante o governo Bolsonaro. Antes de ser demitido, o agente foi alvo de operação de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF), que devassou seus aparelhos eletrônicos.

A imagem vazada pelo agente continha o organograma do Centro de Inteligência Nacional da Abin, com fotos e nomes dos servidores titulares de cada coordenação e seus respectivos substitutos. O CNI tem a atribuição de acompanhar “assuntos de inteligência estratégica”.

A apuração interna da Abin apontou que o material foi utilizado em uma reportagem do site “Intercept Brasil” publicada em dezembro de 2020. Os jornalistas ouviram uma fonte da agência que, sob reserva, disse que tanto ela quanto seus colegas “desconfiavam” de que o policial federal Marcelo Bormevet, à época lotado na Abin, teria produzido relatórios para blindar Flávio no caso das rachadinhas.

Na ocasião, Bormevet, que é delegado da PF, ocupava um posto-chave no CNI. Era coordenador-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa.

Ao autorizar uma das operações da PF no âmbito da “Abin paralela” no governo Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, citou a referida reportagem do “Intercept Brasil“.

Ou seja: Bormevet adentrou no radar da investigação após uma reportagem municiada pelo agora ex-agente da Abin Cristiano Ribeiro. E Ribeiro foi demitido da agência pelo governo Lula.

Não que o presidente da República pudesse fazer algo para segurá-lo no cargo. A demissão foi oficializada após a conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) aberto em 2021. O relatório pontuou que o agente infringiu o Regime Jurídico dos Servidores Públicos.

A apuração apontou o cometimento de duas irregularidades: “revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo” e “improbidade administrativa”. Sendo assim, o governo Lula apenas cumpriu o rito formal ao demitir Cristiano Ribeiro.

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