Pode não ser muito divertido se os amendoins fazem sua garganta inchar ou o pólen o deixa com um ataque de espirros, mas, de acordo com um importante cientista russo, as alergias inconvenientes poderiam ser úteis nesta pandemia.
Uma das maiores autoridades médicas do país Russo, Moussa Khaitov, diretor do Instituto de Imunologia da Agência Federal Médica e Biológica, disse na sexta-feira (2 de julho) que os cientistas ficaram perplexos com relatos de que os alérgicos pareciam correr menos risco com o Covid-19.
Em entrevista à RIA Novosti, o pesquisador disse que “estamos agora há um ano e meio na pandemia e há evidências desde o início de que os pacientes com alergias têm menos probabilidade de se infectar com o coronavírus”.
Ele acrescentou que mesmo aqueles com asma brônquica alérgica, que faz com que os pulmões dos pacientes se contraiam na presença de gatilhos como poeira, pelos de gato e pólen, não parecem ser afetados de maneira particularmente pior do que qualquer outra pessoa.
Citando pesquisas internacionais para apoiar a afirmação, Khaitov disse que “ainda é difícil dizer o que está por trás disso – muitas teorias estão sendo apresentadas, mas ainda precisam ser provadas”.
No entanto, o acadêmico disse anteriormente que quem sofre de alergia ainda deve ser vacinado contra Covid-19 assim que puder.
Ao mesmo tempo, porém, há preocupações de que as pessoas com alergias respiratórias não consigam distinguir entre seus sintomas normais e os de uma infecção por coronavírus. A instituição de caridade britânica Anaphylaxis UK lançou uma sessão de perguntas e respostas para aqueles que estão preocupados com seu risco e pediu àqueles com tosse contínua ou febre – que não são sintomas de febre do feno – que façam o teste de Covid-19.
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