Brasil – Após a realização do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o ex-presidente da República concedeu entrevista a jornalista e discordou do resultado, afirmando que foi uma “punhalada a democracia brasileira” e novamente uma “facada”, só que desta vez nas costas.
“Há pouco tempo, tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade””, comentou o ex-presidente.
O julgamento ocorreu em quatro sessões, iniciando no dia 22, com o voto do relator da ação movida pelo PDT, ministro Benedito Gonçalves, passando pelos dias 27, 29 e nesta sexta-feira, 30 de junho, data decisiva da votação de inelegibilidade.
Aos jornalistas, o ex-presidente disse que não foi ele quem levou a punhalada, mas a democracia brasileira. “Quem levou a punhalada não foi Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira”, diz o ex-presidente após a condenação no TSE, que vai deixá-lo inelegível por oito anos.
Mais cedo, Bolsonaro também já havia falado com a imprensa e disse que isso não causaria o fim da direita no Brasil, afirmando que tem trabalhado muito para dar andamentos a projetos do PL, atual legenda do ex-mandatário.
Sobre a condenação, Bolsonaro disse que não foi condenado por um crime de corrupção. “Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder politico. Acredito que esse tenha sido meu crime, um crime sem corrupção. Desde que assumi falaram que eu ia dar golpe. Acompanhamos as eleições, a maneira como TSE agiu e proibiu até de fazer live na minha casa. Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que sempre defendi quando parlamentar [o voto impresso]?”, complementou ele.
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