Manaus – A capital amazonense viveu nesta segunda-feira (2) mais um Dia de Finados. Tradicionalmente diversas pessoas se reúnem nos cemitérios da cidade para homenagear aquelas pessoas que já partiram. Entretanto, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os cemitérios ficaram com as portas fechadas para evitar aglomerações.
Diante da situação, os candidatos que disputam a cadeira da Prefeitura de Manaus se manifestaram sobre as pessoas que faleceram em decorrência da Covid-19. O candidato Ricardo Nicolau (PSD) disse que o vírus “chacoalhou” a vida de várias pessoas.
“Neste ano, diferente dos demais, tivemos uma doença inesperada, que surpreendeu cidadãos e especialistas em saúde em todo o mundo, e que acabou servindo para nos lembrar diariamente sobre a importância de sermos solidários, nos cuidarmos e cuidar do outro. A Covid chegou para ‘chacoalhar’ as pessoas e eu acredito que daqui pra frente teremos mais empatia e amaremos mais o próximo”, disse.
O candidato conclui sua linha de raciocínio dizendo que Manaus não vai tolerar falta de respeito com a população.
“Tenho fé que Manaus não vai mais tolerar a falta de respeito do poder público com a vida das pessoas. Hoje é dia de luto. Deixo aqui meu abraço sincero e afetuoso para cada família que, durante essa batalha pela vida, perdeu entes queridos”, conclui.
Reflexão
José Ricardo, candidato do PT na corrida pela Prefeitura de Manaus, também falou sobre a pandemia da Covid-19 neste Dia de Finados. Segundo ele, muitas mortes poderiam ser evitadas no início da pandemia.
“Perdemos muitas pessoas especiais por conta da pandemia: parentes, amigos e conhecidos. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas com mais ação do poder público no combate a essa terrível doença”, falou.
O candidato esteve presente na manhã desta segunda-feira (2) na Catedral Metropolitana de Manaus em uma missa com intuito de homenagear as vítimas da Covid-19 na capital amazonense.
Ele se solidarizou com as pessoas que não puderam entrar nos cemitérios para homenagear seus familiares que já partiram e cancelou toda agenda de rua.
Luto
O advogado Marcelo Amil (PCdoB) também se manifestou sobre a pandemia neste Dia dos Finados. Ele acredita que a doença foi menosprezada e falou a respeito do atendimento médico na capital em relação a Covid-19.
“Um grande erro foi menosprezar uma doença desconhecida. Em Manaus, quando a pessoa infectada chegava para o atendimento era recomendado que ela voltasse para casa. Ela só deveria retornar ao hospital quando tivesse algum sintoma grave. Essa atitude levou milhares à morte. O luto pelas mortes tem uma parcela maior de dor neste Dia de Finados, principalmente por conta da Covid-19 e pela falta de direito à despedida. Esse é um luto que vai nos marcar para o resto das nossas vidas”, disse Amil.
Ele relembrou a perda de amigos, personalidades e artistas da cidade. De acordo com Amil, as decisões mostraram-se frágeis frente ao fluxo da pandemia e as condições à expansão espacial do coronavírus.
“Ter que ver um parente morrer e não poder participar do velório é uma dor que só quem passou sabe. Houve insensibilidade de todos os governos. O Federal foi negacionista, o do Amazonas foi insensível e o de Manaus poderia ter sido mais eficiente. Se tivesse na gestão, eu teria copiado o modelo da China, onde se foi construído um hospital de mil leitos para receber os primeiros atendimentos de forma imediata”, ressaltou.
Ano difícil
O candidato Amazonino Mendes (Podemos) também falou a respeito da pandemia. Ele ressalta que 2020 tem sido um “ano difícil” e lamentou a morte daqueles que morreram em decorrência da Covid-19.
“Que ano difícil, minha gente! Quando iríamos imaginar tantas perdas? E neste Dia de Finados, meu abraço carinhoso a todas as famílias que hoje enfrentam a saudade de entes queridos e amigos. Aqui no nosso Amazonas são mais de 2,5 mil pessoas que perdemos só para o coronavírus”, ressalta.
Devido a idade, Amazonino Mendes escolheu fazer sua campanha através das redes sociais. No entanto, ele esteve no último final no conjunto Viver Melhor, bairro Lago Azul, Zona Norte da capital, com objetivo de conquistar o voto dos moradores.
Foto: Divulgação
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