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Golpe de estado: Áudios entre Mauro Cid e aliado são vazados; ‘Nós temos a caneta e a força’

Áudios detalharam todas as ações do golpe, planejando até mesmo a prisão do ministro Alexandre de Moraes
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Mauro Cid presta depoimento
Foto: Reprodução/Alan Santos

Brasil – Áudios divulgados nesta quinta-feira (4) pela CNN, confirmam o planejamento de um golpe de estado, por parte de integrantes da cúpula bolsonarista, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O crime foi flagrado em uma conversa entre Ailton Barros, ex-major do Exército, advogado e aliado de Mauro Cid, e o ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, ainda no mês de dezembro do ano passado.

De acordo com a Polícia Federal (PF), Ailton também já foi membro de uma associação criminosa que falsificou registros de vacina para o ex-ajudante de ordens e até mesmo para Bolsonaro, além de outras pessoas. O aliado de Cid também foi preso na última quarta-feira (3), durante a operação da PF sobre o caso.

Segundo o CNN, Ailton, nos áudios enviados e que estão em posse da PF, detalharia o “conceito da operação”. Ele diz que as ações deveriam contar com o apoio e participação de Freire Gomes, então comandante do Exército, ou de Bolsonaro, então presidente da república.

Na elaboração do plano, o bolsonarista também idealizou a prisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“É o seguinte, entre hoje e amanhã, sexta-feira, tem que continuar pressionando o Freire Gomes [então comandante do Exército] para que ele faça o que tem que fazer”, diz Ailton, no dia 15 de dezembro.

“Até amanhã à tarde, ele aderindo… bem, ele faça um pronunciamento, então, se posicionando dessa maneira, para defesa do povo brasileiro. E, se ele não aderir, quem tem que fazer esse pronunciamento é o Bolsonaro, para levantar a moral da tropa. Que você viu, né? Eu não preciso falar. Está abalada em todo o Brasil”, continua nos áudios.

O ex-militar deixa claro a necessidade de que o pronunciamento fosse realizado por Gomes ou Bolsonaro. “ […] de preferência, o Freire Gomes. Aí, vai ser tudo dentro das quatro linhas”.

“Pô [sic], não é difícil. O outro lado tem a caneta, nós temos a caneta e a força. Braço forte, mão amiga. Qual é o problema, entendeu? Quem está jogando fora das quatro linhas? Somos nós? Não somos nós. Então nós vamos ficar dentro das quatro linhas a tal ponto ou linha? Mas agora nós estamos o quê? Fadados a nem mais lançar. Vamos dar de passagem perdida?”, diz.

Constantemente, Ailton relembra que “se for preciso, vai ser fora das quatro linhas”. “Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas, tem que ser dada a missão ao comandante da brigada de operações especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele”, concluiu nos áudios.

A resposta de Mauro Cid ao aliado não foi divulgada.

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