O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na gestão do ex-prefeito de Coari, distante a 362 quilômetros de Manaus, Arnaldo Almeida Mitouso, por irregularidades na prefeitura do município referente a gestão de 2010.
A investigação é baseada em uma condenação do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) e tem assinatura do promotor de Justiça Substituto de Coari, Weslei Machado.
O inquérito foi divulgado na tarde desta quarta-feira (23) no Diário Oficial do ministério.
Conforme o julgamento do TCE, Arnaldo cometeu diversos atos infracionais durante sua gestão, entre eles, o pagamento de R$ 3.460.933,13 por conta de ausências de fiscalizações em obras realizadas pela prefeitura.
Além disso, ele não apresentou comprovantes de um pagamento no valor de 1.409.198 para uma pessoa jurídica identificada como Willem Wagner S. Rodrigues – W. W. Empreendimentos.
O inquérito conclui na em apurar falhas na fiscalização de obras públicas em Coari, sob a responsabilidade de Cleomir de Araújo, naquela época, secretário municipal de obras, e pelos engenheiros Geraldo da S. Costa Sobrinho, Gilmar Pereira Barbos e Ildisson Barroncas Passos.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o MP tem a missão de proteger o patrimônio público social, do meio ambiente, de bens de valor estético, histórico, turístico e paisagístico, bem como de outros interesses difusos ou coletivos.
Arnaldo deve prestar esclarecimentos em prazo ainda ser definido pelo ministério.
Prisão
O ex-prefeito de Coari chegou a ser condenado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) por um homicídio que aconteceu no dia 13 de agosto de 1995. Arnaldo foi acusado de matar Odair Carlos Geraldo, que também já foi prefeito da cidade. Atualmente ele cumpre pena no regime semiaberto.
Cachê caro
Ele já foi denunciado ao MP-AM pelo pagamento no valor de R$ 195 mil para o show da dupla sertaneja Victor & Léo em prol do aniversário de Coari no ano de 2010.
Por João Paulo Castro
