O diretor-presidente afastado da Ancine (Agência Nacional de Cinema), Christian de Castro Oliveira, foi denunciado pelo (MPF) Ministério Público Federal por suspeita de estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de crime contra a ordem tributária.
Christian de Castro Oliveira foi destituído da função pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2019, depois de uma ordem judicial expedida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.
O MPF acusa Castro de compor uma empresa, no ramo do audiovisual, com envolvimento de laranjas, ou seja, pessoas que participam de transações econômicas fraudulentas, emprestando seu nome, documentos ou conta bancária para ocultar a identidade de quem o contrata.
A Procuradoria defende que o diretor-presidente da Ancine efetue o pagamento de multa de R$ 569.982,73 por dano moral coletivo.
Entenda o caso
Christian é dono da empresa Supro Limited, criada em 1999 nas Ilhas Virgens Britânicas, segunda aponta o Ministério Público Federal. As investigações indicam que a empresa seria fruto de uma sociedade fraudada por intermédio do escritório Zuñiga y Associados, situado no Panamá, para que a Supro Limited não constasse do nome de Christian.
A empresa seria constituída por 2 laranjas do escritório de advocacia, que atuavam a mando de Christian de Castro. De acordo com o MPF, o denunciado ainda constituiu outra empresa, de nome Supro do Brasil Ltda., cuja sociedade constava como sócia a empresa Supro Limited e o empresário.
A Procuradoria acusa o diretor-presidente da Ancine de fazer alteração contratual na Supro do Brasil Ltda. para que seu nome não mais constasse como parte da sociedade. Com o intuito de que sua parte na sociedade não atrapalhasse sua indicação para a presidência da agência. Como substituta, entrou sua esposa, Marta Zimpeck.
Por Poder 360