Ceilândia (DF) – Um advogado no DF foi acusado, por meio de vídeos, fotos e áudios, de espancar os três enteados de 12, 9 e 7 anos. O padrasto não terá o nome divulgado para preservar a imagem das crianças. Ele negou as acusações feitas pela vizinha à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A PCDF registrou, em 10 de junho do ano passado, um episódio onde uma avó tentou intervir que a neta de 12 anos fosse espancada dentro de um quarto. As surras e os gritos de ira e desespero eram tão altos que atravessavam as paredes do apartamento, em Ceilândia. Foi então que vizinhos efetivaram a denúncia ao Conselho Tutelar da região administrativa.
Moradores do prédio ficaram revoltados com o espancamento nítido das crianças. Foi quando começaram a pedir socorro e mandar mensagens em um grupo de WhatsApp, formado apenas com condôminos do local. Ouça áudio:
Padrasto é flagrado espancando adolescente pic.twitter.com/Avbt8MqgsS
— Portal Tucumã (@PortalTucuma) July 21, 2022
Uma pessoa tentou intervir no grupo para que as agressões parassem. O padrasto, que é advogado, então, ameaçou espancar uma vizinha: “Eu te racho na porrada”, dizia o áudio.
“Se a senhora postar mais alguma coisa no grupo, a senhora pode ter certeza de que eu vou rachar tua cara na porrada. E tu pode ter certeza disso. Eu vou mandar logo aqui no grupo para esculachar essa porra. Porque, se tu postar mais alguma coisa e eu me sentir ofendido ou exposto, você pode ter certeza que eu vou lhe quebrar na porrada. Pode ir na polícia registrar um boletim de ocorrência, porque crime de ameaça é de menor potencial ofensivo e não dá nada”, disse o padrasto das crianças.
Irritado, o advogado ainda reafirmou, em áudio postado no grupo, a ameaça à moradora. “Basta postar novamente. Se eu me sentir ofendido, eu vou te arregaçar na porrada. Posta aí, se você tem coragem”, avisou. Com a ameaça, a mulher registrou boletim de ocorrência.
Na terça-feira (19), os moradores do prédio procuraram o pai biológico das crianças para deixá-lo ciente das sessões de espancamento contra os filhos.
Segundo os denunciantes, o terror psicológico com ameaças e agressões verbais se intensificaram. Em um dos trechos do vídeo, é possível ouvir o grito do homem: “Moleque filho da puta”.
O pai das crianças registrou o caso na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam 2), com exame de corpo de delito feito pelas crianças no Instituto Médico Legal (IML) da PCDF. Existe um processo judicial no qual a mãe é ré e que as agressões contra os filhos se intensificaram.
O fato também chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar e aparece na ata de ocorrências do condomínio onde moram os envolvidos. O pai relatou aos policiais que teme pela vida dos filhos.
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