Manaus – O vereador Sassá da Construção Civil (PT) rechaçou, nesta segunda-feira (10), a votação contrária do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) à Reforma Tributária. A fala do vereador foi feita durante discurso na Câmara Municipal de Manaus, que anunciou que estava preparando uma nota de repúdio a despeito do voto do parlamentar, que segundo Sassá foi contrário também a preservação da Zona Franca de Manaus (ZFM) e ao povo do Amazonas.
Durante sua fala, o vereador Sassá disse que estava repudiando ao voto, mas optou em não citar o nome de Alberto Neto, chamando-o apenas de “cidadão”.
“Eu me admiro aonde é que está a cabeça das pessoas que não defendem seu estado. Um cidadão que tirou 147 mil votos, aí pega e vota contra esse povo, porque votando contra a Zona Franca é está votando contra esse povo do estado do Amazonas”, disse Sassá se referindo as mais diversas tentativas de causar instabilidade ao modelo econômico na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Sassá prosseguiu com sua fala afirmando que a votação de Alberto Neto foi uma vergonha e que ele preferiu defender um “doente”, haja vista que a legenda de Neto, o PL, instruiu que todos os deputados votassem contra o texto da reforma, 20 deles contrariaram a sigla.
“A chance que o político tem de defender seu povo vota contra. Isso é uma vergonha! Os deputados passaram semanas e semanas lá em Brasília para defender a Zona Franca aí o deputado para defender um doente vota contra o povo dele”, disse Sassá.
Dos oito deputados federais que representam o Amazonas em Brasília, Alberto Neto foi o único parlamentar a votar contra o texto da Reforma Tributária.
Segurança jurídica
Após a votação e a repercussão negativa sobre o voto contrário, o deputado Capitão Alberto Neto disse que o último texto da reforma não trazia segurança jurídica ao modelo econômico.
“Meu compromisso é com o povo do Amazonas e como seu representante é meu dever escolher o que for melhor para o nosso estado. Por este motivo, ao avaliar a última versão do texto da Reforma Tributária, ficou claro que ele não oferece a segurança jurídica necessária para uma aprovação”.
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