Manaus (AM) – O comandante Orleison Muniz, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) disse que todos os envolvidos no voo de paraquedas que causou a morte da empresária Ana Carolina da Silva de 23 anos têm responsabilidades. A delaração do comendante-geral foi na tarde desta segunda-feira (18), durante entrevista coletiva para informar sobre as buscas do advogado Luiz Henrique Cardelli, que está desaparecido.
“Todos tem responsabilidades na hora de realizar o voo e essas questões relacionadas a segurança, a autoridade Aeronáutica vai detalhar com investigação mais aprofundada, a polícia e o Judiciário já estão envolvidas nessa tratativa de investigação de maneira que a nossa atuação se concentra em localizar o paraquedista desaparecido”, afirmou Muniz.
O advogado curitibano desapareceu na sexta-feira (15) durante um voo de paraquedas com um grupo de 14 pessoas. Os paraquedistas foram atingidos por um temporal que caiu sobre Manaus. Quatro deles foram levados pelos fortes ventos, Um pousou sobre fiação elétrica no bairro Compensa, Zona Oeste da capital, outro foi encontrado com vida por escadores.
Ana Carolina da Silva não teve a mesma sorte. Ela foi encontrada morta dia seguinte nas margens do Rio Negro no município de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus. O corpo da empresária foi enterrado na manhã desse domingo (17) no Cemitério Parque Tarumã.
Quarto dia de buscas
Druante coletiva, o comandante-geral disse que 92 profissionais da Força de Segurança estão envolvidos nas buscas para encontrar Luiz Henrique e que as buscas também contam com a ajuda de voluntários que moram em Iranduba.
“Parceiros que possuem equipamentos, como os profissionais que utilizam drone, a própria comunidade, nós percebemos hoje quando fizemos um sobrevoo desde o encontro das águas até a ponte, margeando alí o Iranduba, nós pudemos observar o emprego de embarcações de pessoas que se voluntariaram para fazer essas buscas”, disse.
Muniz disse, ainda, que os esforços estão concentrados desde a ponte Phelipe Dou até a região do Puraquequara.
“Infelizmente até o presente momento, não tivemos sucesso. Fizemos fiversos voos, embarcações continuam no local, agregamos as nossas estruturas. Fizemos uma busca refinada na Ponta do Ismael e houve o informa de que uma pessoa, supostamente, tinha visto algo caindo naquela região na sexta-feira (15) (dia do acidente)”, disse.
Um paraquedas e fragmentos foram encontrados e as autoridades estão reunindo informações para saber se os equipamentos são de Luis Henrique, mas segundo o comendante, não está descartada a hipotese do paraquedista estar vivo.
“Não está descatada a hipótese de encontrar o paraquedista com vida poque não temos corpo. Pode estar nessa região inundada, pode estar em alguma margem, mais proxima do encontro das águas”, afirmou.
Segundo Muniz, as buscas são dificultadas devido a cheia. “Fizemos uma busca detalhada desde o encontro das águas, fazendo voo pairado em diversos locais. Toda aquela região está inundada, tanto do lado de Manaus, como principalmente lá de Iranduba, que dificuta o acesso”, disse.
Estão sendo empregados 92 servidores do Sistema de Segurança Pública e das Forças Armadas, dez embarcações, 18 viaturas e drones.
Assista a reportagem de Maikon Castro com imagens de Fred Pacheco
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