O presidente dos EUA, Joe Biden, levantou a questão dos ataques de cibervírus tipo ransomware “por criminosos residente na Rússia” em seu telefonema com o presidente russo Vladimir Putin, pedindo à Rússia “que aja”, divulgou a assessoria da Casa Branca nesta sexta-feira (9).
Biden “ressaltou a necessidade de a Rússia agir” para lidar com os cibercriminosos que atuam em seu território, apontando para o que a Casa Branca descreveu como “os ataques de ransomware em andamento … que afetaram os Estados Unidos e outros países ao redor do mundo”.
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O presidente também prometeu mais uma vez “defender” os americanos e a infraestrutura dos EUA “em face deste desafio contínuo”, ao mesmo tempo que disse que os EUA estão “comprometidos” em trabalhar com a Rússia na ameaça “mais ampla” de ransomware.
Putin respondeu dizendo que os EUA não solicitaram recentemente qualquer assistência da Rússia em nenhum caso específico relacionado a ataques de ransomware, disse o Kremlin. Moscou está pronta para a cooperação no campo da segurança cibernética, acrescentou o presidente russo.
Os EUA não têm nenhuma informação nova que sugira que Moscou possa estar por trás de tais ataques, admitiu uma porta-voz da Casa Branca após o telefonema de uma hora entre os dois líderes. Ainda assim, a Rússia “deve agir” sobre a questão de qualquer maneira, acrescentou ela
Questão Síria
Embora os ciberataques tenham sido o foco principal da conversa telefônica entre Biden e Putin, não foi a única questão levantada durante a ligação de uma hora. O presidente dos Estados Unidos também saudou Moscou por seu apoio à renovação da autorização do Conselho de Segurança da ONU de ajuda humanitária transfronteiriça à Síria.
Biden elogiou o trabalho das equipes de ambas as nações que se seguiram ao encontro entre os dois presidentes em Genebra e que levaram a tal resultado. Moscou já havia se oposto a esta decisão, argumentando que a continuação da assistência transfronteiriça entregue sem a aprovação do governo sírio era uma violação da soberania da Síria.
No início desta semana, Moscou apresentou um projeto de resolução permitindo a extensão da assistência internacional por seis meses. A extensão estaria ligada à ajuda internacional para a Síria em sua luta contra a Covid-19. As entregas de ajuda transfronteiriça poderiam então ser estendidas ainda mais se o secretário-geral da ONU emita um relatório avaliando a transparência das operações transfronteiriças e o andamento da entrega de ajuda através das linhas de contato entre os territórios controlados pelo governo e vários grupos militantes em a província de Idlib.T
No último sábado (3), o documento final elaborado em conjunto pela Rússia, Estados Unidos, Noruega e Irlanda foi unanimemente apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU. O empreendimento também foi elogiado em Moscou.
“Hoje, estamos testemunhando um momento histórico: a Rússia e os EUA não apenas chegaram a um acordo, mas conseguiram apresentar um documento conjunto apoiado por nossos colegas no Conselho [de Segurança da ONU]”, disse o enviado da Rússia à ONU, Vasily Nebenzya.
Foto: Reuters / Denis Balibouse
