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“Destruiu famílias, queremos ela presa!”, manifestam-se pais de crianças autistas vítimas de terapeuta

Um grupo em torno de 70 familiares de crianças que sofreram maus-tratos e outros abusos pela terapeuta Samia Watanabe protestaram em frete de delegacia
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Familiares protestam contra terapeuta: "destruiu nossas famílias, queremos ela presa!"
Familiares protestam contra terapeuta: "destruiu nossas famílias, queremos ela presa!"

Por volta de 70 pais, mães e familiares de crianças autistas protestaram nesta sexta-feira (8 de outubro) pela investigação profunda e prisão da terapeuta ocupacional Samia Patrícia Riatto Watanabe, de 44 anos, em frente ao prédio do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP), situado na rua Brasil, no Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul da cidade.

Entenda como caso começou: “Câmeras flagram criança autista sendo agredida por terapeuta em clínica de Manaus: veja

Confira live:

Revolta em busca de justiça

Uma das mães, identificada apenas como Gabi pede para que outros pais não se calem:

A gente conversou com o delegado, ele está sabendo da situação e muito chateado com a situação e fazendo o possível para que as investigações continuem e resultem na prisão da mulher. Mas não cabe só a ele, a gente tá esperando que outros pais e mães se manifestem, mesmo que não queiram postar os vídeos. Não precisa postar os vídeos, nem expor o nome das crianças. A gente só precisa que se manifestem para que consigamos essa prisão preventiva da Samia”.

Além dos abusos, dinheiro jogado fora

“Nos perguntávamos o motivo pelo qual nossa filha não evoluía, agora sabemos o porquê. Se for somar o que eu e meu marido pagamos ao longo de um ano e sem evolução da nossa filha, equivale ao valor de mais de uma casa”.

Outro pai, identificado como Paulo Nobre, falou sobre os abusos contra o filho praticados por Samia

“É triste porque a gente dá um duro danado, achando que os nossos filhos estão recebendo os melhores cuidados, terapias para terem uma evolução e superarem as limitações do autismo. E o caso dessa mulher maltratando nossos filhos acaba comprometendo o trabalho de outros bons profissionais.

Crianças regrediram e desenvolveram outros distúrbios

“A gente se perguntava o porquê do tratamento com essa mulher, em mais de um ano, nosso filho não estava conseguindo evoluir. Pelo contrário, meu filho começou a regredir a desenvolver algumas estereotipias, como movimentos repetitivos. Vendo as imagens disponibilizadas pela clínica, agora muita coisa está esclarecida. O que peço agora é justiça, a mais severa possível”.

Mais de 70 famílias afetadas

“A gente tá em contanto com um grupo com mais de 70 pais que relatam os mesmos abusos em termos das agressões, imagina dos outros crimes que essa mulher possa ter cometido: como a acuação e o descaso às crianças autistas e a não prestação do serviço de tratamento pelo qual pagávamos. Meu filho chegava ser obrigado a ficar 50 minutos inteiros sentado no chão, para vocês terem ideia”.

“Essa mulher acabou não apenas com o coração dos pais e mães das crianças, mas com os familiares: Os avós, os tios. Tenha certeza que você irá pagar !”, desabafou o pai redirecionando sua fala à própria Samia.

Apoio da clínica

A advogada da Clínica Speciale Simone Guerra esclareceu que a empresa dispôs toda a colaboração aos pais, sobretudo com a disponibilização das imagens. Ela conta que a proprietária da Speciale começou a observar o comportamento estranho e agressivo de Samia com outros funcionários ainda em julho e questionou o comportamento da terapeuta ocupacional, perguntando se havia problemas pessoais influenciando o trabalho. Ao chegar a primeira denúncia contra uma das crianças autistas, a terapeuta ocupacional foi prontamente desligada do espaço e a clínica tem dado toda a assistência aos demais responsáveis para que as investigações avancem e a mulher seja presa.

Caso

A terapeuta ocupacional Samia Patrícia Riatto Watanabe, foi denunciada por uma mãe de uma criança autista agredida dentro da . Tal denúncia foi formalizada no 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP) no dia 17 de julho e resultou na cooperação da “Speciale Clínica Multidisciplinar” da mãe com a divulgação das imagens de segurança .

No dia 4 de outubro, a empresa no qual terapeuta trabalhava divulgou as imagens na mídia. As cenas mostram a criança de 8 anos sendo agredida no dia 1 de julho de 2021. Após o vídeo ser divulgado, outros pais e mães que notavam comportamento estranho dos filhos que eram atendidos pela “terapeuta do mal”, suspeitaram que suas crianças também estivessem passando por abusos e maus-tratos.

Foi o caso de uma pai que divulgou em sua conta do instagram mais um vídeo de maus-tratos, agora a outra criança. A cena, divulgada no dia 7 de outubro, mostram abusos cometidos no dia 4 de julho, em que Samia aparece roubando a comida da criança, e logo em seguida, a empurrando agressivamente. A cena mostra também indícios de que a mulher era desleixada com o trabalho, focando-se no celular e não em cuidar e interagir com a criança, que ficava de escanteio no canto da sala.

Além dos casos já divulgados, em torno de 70 outros responsáveis suspeitam das agressões cometidos pela terapeuta.

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