Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (6), que a Reforma tributária em discussão e com votação marcada para a tarde, na Câmara dos Deputados, “vai ser aprovada”, mas admitiu que o texto não é o que ele desejava. Para o presidente, a reforma é motivo de comemoração, embora ainda não seja como ele esperava.
“Vocês tem que lembrar que, se for votada a Reforma Tributária hoje, vai ser a primeira vez na história da democracia que a gente faz uma reforma tributária num regime democrático, porque a última que tivemos foi num regime militar. Porque a reforma tributária só se faz em regime autoritário”, discursou Lula, em reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, em Brasília.
O presidente também ressaltou em seu discurso que essa aprovação será democrática, pois todos foram ouvidos. “E nós estamos fazendo um regime democrático, negociando com todo mundo e ela vai ser aprovada”, valorizou o presidente.
Explicando os motivos pelos quais o texto da reforma não era ainda o ideal, Lula disse que os deputados que vão votar o texto foram escolhidos pela sociedade e seus votos devem ser respeitados. “Não é o que cada um de vocês deseja, não é o Haddad deseja, não é o que eu desejo, mas tudo bem. Mas nós não somos senhores da razão. Nós temos que lidar com as relações de forças que estão no Congresso. Os deputados que estão lá, bem ou mal, foram escolhidos pela sociedade brasileira”, apontou Lula.
Por isso, Lula pediu respeito aos parlamentares. “Então, em vez de chorar com que a gente não tem, nós temos que conversar com o que a gente tem”, concluiu o petista.
A Proposta de Emenda à Constituição que instituiu a reforma tributária tem previsão de votação, ao menos em primeiro turno, nesta quinta, na Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), faz um esforço para votar a PEC nesta semana.
Para entrar na Constituição, porém, a PEC precisa passar em dois turnos tanto na Câmara quanto no Senado.
*Com informações Metrópoles
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